Economia

Brasil tem uma das 10 maiores reservas de gás de xisto

País possui pelo menos 6.9 trilhões de m³ de gás de xisto – quase 100 vezes o volume de reservas provadas de gás convencional em terra, segundo a AIE


	Para a AIE, produção de gás de xisto deve ganhar força no início dos anos 2020 no Brasil
 (Getty Images)

Para a AIE, produção de gás de xisto deve ganhar força no início dos anos 2020 no Brasil (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h59.

São Paulo – A 12ª Rodada de Licitações da ANP, que ocorre nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, inaugura a busca do Brasil pelo gás de xisto. O chamado gás não convencional, extraído de rochas, é responsável por colocar os Estados Unidos no rumo da autossuficiência energética, mas também dá sinais de que os problemas ambientais associados à técnica de fraturação hidráulica (no inglês, “fracking”) não devem ser ignorados — principalmente se o país resolver explorar para valer seu potencial.

Apesar de ainda não ser possível cravar números certeiros sobre o volume de gás possível de ser extraído, estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE) já colocam o Brasil entre os 10 países com as maiores reservas nacionais de gás de xisto.

Segundo a AIE, o país possui reservas recuperáveis de 6.9 trilhões de m³ de gás de xisto e de 5.3 bilhões de barris de óleo leve de xisto, em pelo menos três bacias sedimentares.

Só o volume de gás, segundo a agência, é cem vezes superior às reservas de gás natural provadas em terra, que respondem hoje por 16% das reservas totais de gás natural do Brasil. O restante encontra-se no mar.

Pelas projeções da agência americana, a produção de gás de xisto nacional deve ganhar força no início dos anos 2020 e adicionar cerca de 6 bilhões de metros cúbicos ao fornecimento de gás do país até 2035.

Para ANP, as reservas brasileiras podem ser o dobro das estimativas da AIE. Nesta quinta-feira, serão ofertados no leilão de quinta-feira 240 blocos exploratórios terrestres com potencial para gás natural em sete bacias sedimentares: Acre, Parecis, São Francisco, Paraná, Parnaíba, Recôncavo e de Sergipe-Alagoas, todas com potencial para gás convencional e não convencional.

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