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Balança comercial brasileira tem pior 1º semestre em 18 anos

A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,394 bilhões de dólares em junho, acumulando no primeiro semestre saldo negativo de 3 bilhões de dólares

As exportações somaram 114,516 bilhões de dólares no semestre, com queda de 0,7 % também pela média diária (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 09h10.

Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,394 bilhões de dólares em junho, acumulando no primeiro semestre saldo negativo de 3 bilhões de dólares, o pior para este período em quase 20 anos, com crescimento mais intenso das importações.

Segundo informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações somaram a cifra recorde de 117,516 bilhões de dólares entre janeiro e junho passado, 8,4 % a mais do que em igual período de 2012, pela média diária.

Já as exportações somaram 114,516 bilhões de dólares no período, com queda de 0,7 % também pela média diária. O resultado comercial do semestre passado foi o pior para o período de janeiro a junho desde 1995, quando o déficit ficou em 4,227 bilhões de dólares.

No primeiro semestre, o destaque ficou para a conta petróleo, com déficit de 12 bilhões de dólares, um dos principais fatores do elevado déficit da balança no período.

O resultado mensal de junho veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de 2,05 bilhões de dólares. Em maio, a balança comercial havia registrado superávit de 758 milhões de dólares.

No mês passado, as exportações somaram 21,227 bilhões de dólares, com alta, pela média diária das operações, de 9,7 % frente a junho de 2012, influenciadas pelo aumento dos embarques de produtos básicos e manufaturados.

As importações atingiram em junho 18,833 bilhões de dólares com aumento, pela média diária, de 1,5 % frente a igual mês do ano passado devido a maiores compras no exterior de bens de capital, matérias-primas e bens de consumo. Já as aquisições de combustível ficaram 39 % menores.

Mesmo com a melhora do desempenho nos últimos dois meses, a balança comercial brasileira deve apresentar em 2013 um dos piores resultados dos últimos anos, influenciado pelo comércio internacional enfraquecido, que reduz as exportações do país, e pelo impacto negativo do registro neste ano de importações de gasolina feitas pela Petrobras em 2012.

O efeito desses fatores levou o Banco Central a reduzir para 7 bilhões de dólares a previsão de superávit da balança comercial para 2013, menos da metade da projeção anterior de saldo positivo de 15 bilhões de dólares.


O desempenho fraco da balança comercial impacta diretamente o balanço de pagamentos do país, aprofundando o déficit das transações correntes que, em maio, ficou em 6,420 bilhões de dólares. Não por menos, o BC elevou a 75 bilhões de dólares a projeção para o déficit em conta corrente deste ano, ante previsão anterior de 67 bilhões de dólares.

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Brasília - A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,394 bilhões de dólares em junho, acumulando no primeiro semestre saldo negativo de 3 bilhões de dólares, o pior para este período em quase 20 anos, com crescimento mais intenso das importações.

Segundo informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações somaram a cifra recorde de 117,516 bilhões de dólares entre janeiro e junho passado, 8,4 % a mais do que em igual período de 2012, pela média diária.

Já as exportações somaram 114,516 bilhões de dólares no período, com queda de 0,7 % também pela média diária. O resultado comercial do semestre passado foi o pior para o período de janeiro a junho desde 1995, quando o déficit ficou em 4,227 bilhões de dólares.

No primeiro semestre, o destaque ficou para a conta petróleo, com déficit de 12 bilhões de dólares, um dos principais fatores do elevado déficit da balança no período.

O resultado mensal de junho veio acima do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de superávit de 2,05 bilhões de dólares. Em maio, a balança comercial havia registrado superávit de 758 milhões de dólares.

No mês passado, as exportações somaram 21,227 bilhões de dólares, com alta, pela média diária das operações, de 9,7 % frente a junho de 2012, influenciadas pelo aumento dos embarques de produtos básicos e manufaturados.

As importações atingiram em junho 18,833 bilhões de dólares com aumento, pela média diária, de 1,5 % frente a igual mês do ano passado devido a maiores compras no exterior de bens de capital, matérias-primas e bens de consumo. Já as aquisições de combustível ficaram 39 % menores.

Mesmo com a melhora do desempenho nos últimos dois meses, a balança comercial brasileira deve apresentar em 2013 um dos piores resultados dos últimos anos, influenciado pelo comércio internacional enfraquecido, que reduz as exportações do país, e pelo impacto negativo do registro neste ano de importações de gasolina feitas pela Petrobras em 2012.

O efeito desses fatores levou o Banco Central a reduzir para 7 bilhões de dólares a previsão de superávit da balança comercial para 2013, menos da metade da projeção anterior de saldo positivo de 15 bilhões de dólares.


O desempenho fraco da balança comercial impacta diretamente o balanço de pagamentos do país, aprofundando o déficit das transações correntes que, em maio, ficou em 6,420 bilhões de dólares. Não por menos, o BC elevou a 75 bilhões de dólares a projeção para o déficit em conta corrente deste ano, ante previsão anterior de 67 bilhões de dólares.

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