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Brasil tem colchões para enfrentar volatilidade nos mercados, diz Ilan

Banco Central continua enxergando espaço para mais um corte da Selic em maio, próxima reunião do Copom

Banco Central: Ilan Goldfajn disse ainda que o cenário para a política monetária não mudou após o resultado de março do IPCA (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2018 às 11h34.

São Paulo - O presidente do Banco Central , Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil tem colchões para enfrentar a recente volatilidade nos mercados financeiros, como elevadas reservas internacionais e estoque mais baixo de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares.

Falando em inglês durante entrevista à mídia internacional, Ilan disse ainda que o cenário para a política monetária não mudou após o resultado de março do IPCA, divulgado na véspera, ter vindo bem abaixo do esperado. Segundo ele, o BC tem visão de mais longo prazo, para os próximos anos.

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Ou seja, o BC continua enxergando espaço para mais um corte da Selic em maio, próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e pausa no processo de flexibilização a partir daí. Hoje a taxa básica de juros está na mínima histórica de 6,50 por cento ao ano.

Na véspera, foi divulgado que o IPCA de março subiu apenas 0,09 por cento, nível mais fraco para o mês desde a implantação do Plano Real em 1994 e ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com economistas, de avanço de 0,12 por cento.

O presidente do BC ressaltou ainda que essa sinalização pode mudar se o cenário base também se alterar, e repetiu ainda a importância de as reformas continuarem para a economia brasileira.

Ilan disse também que o Brasil tem colchões importantes para enfrentar a recente volatilidade nos mercados financeiros, gerada por temores com eventual guerra comercial e normalização das políticas monetárias de grandes bancos centrais.

O presidente do BC lembrou que as reservas internacionais elevadas, o baixo estoque de swaps em cerca de 24 bilhões de dólares e bons dados do setor externo do país ajuda a proteger o Brasil neste momento das incertezas externas.

Ele repetiu que o cenário internacional continua benigno, mas que não se pode contar com ele para sempre.

 

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