Bandeira do Brasil (George Campos / USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2015 às 17h04.
São Paulo - O Brasil é o terceiro emergente mais pessimista em relação a sua atual situação econômica, atrás apenas do Líbano e da Ucrânia, segundo uma pesquisa da Pew Research Center.
87% dos cidadãos brasileiros acreditam que a economia está ruim, contra 55% nos emergentes em geral. A média dos que avaliam a economia positivamente caiu de 32% no ano passado para 13% neste ano.
Mas 61% dos brasileiros têm esperança de melhora econômica para daqui a um ano, enquanto a média dos emergentes é de 40%.
A diferença é grande entre gerações: 79% dos brasileiros dos 18 aos 29 anos creem que a economia vai melhorar, contra 56% entre aqueles com mais de 50 anos.
O estudo foi feito em 40 países divididos entre desenvolvidos (como Alemanha e Coreia do Sul), emergentes (como Brasil e Argentina) e em desenvolvimento (como Etiópia e Gana). No Brasil a pesquisa foi feita de abril a março deste ano e mil pessoas foram entrevistadas.
São os desenvolvidos que têm a pior média de aprovação da situação econômica: só 40% diz que sua nação vive um bom momento, contra 46% nos países em desenvolvimento, líderes do otimismo.
Para a próxima geração
A pesquisa também perguntou se os cidadãos acreditam que as crianças de hoje terão uma condição financeira melhor que a dos adultos atuais.
Os países menos desenvolvidos mostraram mais esperança: 51% de otimismo entre emergentes e 54% entre países em desenvolvimento. O Brasil fica acima da média, com 61%, e o líder é o Vietnã, com 91%.
Nos desenvolvidos, apenas 27% acreditam que a próxima geração terá um futuro mais confortavel.
Daqui a um ano
Só 39% da população dos 40 países pesquisados acredita que a situação econômica de sua nação estará melhor em um ano. Mais uma vez, os países em desenvolvimento são os mais otimistas, com 58%, e os desenvolvidos são os mais pessimistas, com 25%.
É lá também que os jovens temem mais o que está por vir. É o caso da Coreia do Sul, onde 14% dos jovens veem um futuro melhor no próximo ano, enquanto 33% dos que estão acima dos 50 partilham da mesma opinião.