Brasil pode reverter quadro, diz analista da S&P
Analista da instituição afirmou que governo Dilma tem mostrado "comprometimento" e a expectativa é de que o país consiga reverter o quadro de crise econômica
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2015 às 17h52.
Nova York - A situação da economia brasileira piorou rapidamente nos últimos meses e os riscos aumentaram desde março, quando a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) fez a revisão do rating soberano do país, afirmou a analista da instituição responsável por Brasil, Lisa Schineller, em uma teleconferência com jornalistas e analistas na tarde desta terça-feira, 28, hoje para comentar a mudança de perspectiva do rating soberano brasileiro para "negativa".
"Perspectiva negativa não quer dizer rebaixamento da nota. Afirmamos o rating", disse Lisa em diversos momentos da teleconferência.
Ela comentou que desde março houve aumento da incerteza na economia brasileira , em meio à piora da atividade econômica, das contas fiscais e do cenário político conturbado no Congresso.
"É uma dinâmica mais fraca de crescimento do que assumimos antes, uma história fiscal mais fraca." Para a analista, esse quadro compromete a execução de políticas econômicas.
Lisa frisou que o governo de Dilma Rousseff tem mostrado "comprometimento" e a expectativa é de que o Brasil consiga reverter esse quadro de maior deterioração, talvez com algum atraso em relação ao que se esperava antes e com mais riscos.
Não fosse essa perspectiva, a diretora da S&P disse que a nota brasileira teria sido rebaixada para abaixo da categoria grau de investimento.
A S&P projeta que a economia brasileira ficará estagnada em 2016 e voltará a ter crescimento apenas em 2017.
Logo no começo de sua apresentação, Lisa disse que as investigações de corrupção na Lava Jato contribuem para elevar a incerteza na economia, afetando a melhora da confiança do setor privado.
O Congresso mais hostil também tem dificultado a condução da política econômica, barrando alguns pontos importantes para o ajuste fiscal. "Vimos que o risco político piorou."
Ao mesmo tempo, Lisa frisou na teleconferência que vê comprometimento da equipe econômica em tocar o ajuste necessário para que o país volte a crescer e vê disposição do governo em dialogar com o Congresso.
A S&P, disse ela, vai monitorar essas conversas e o andamento das medidas no segundo semestre.
Ela mencionou ainda o esforço do Banco Central para conter a inflação e ressaltou que a expectativa do mercado para 2016 já mostra maior convergência para perto da meta do governo.
Nova York - A situação da economia brasileira piorou rapidamente nos últimos meses e os riscos aumentaram desde março, quando a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) fez a revisão do rating soberano do país, afirmou a analista da instituição responsável por Brasil, Lisa Schineller, em uma teleconferência com jornalistas e analistas na tarde desta terça-feira, 28, hoje para comentar a mudança de perspectiva do rating soberano brasileiro para "negativa".
"Perspectiva negativa não quer dizer rebaixamento da nota. Afirmamos o rating", disse Lisa em diversos momentos da teleconferência.
Ela comentou que desde março houve aumento da incerteza na economia brasileira , em meio à piora da atividade econômica, das contas fiscais e do cenário político conturbado no Congresso.
"É uma dinâmica mais fraca de crescimento do que assumimos antes, uma história fiscal mais fraca." Para a analista, esse quadro compromete a execução de políticas econômicas.
Lisa frisou que o governo de Dilma Rousseff tem mostrado "comprometimento" e a expectativa é de que o Brasil consiga reverter esse quadro de maior deterioração, talvez com algum atraso em relação ao que se esperava antes e com mais riscos.
Não fosse essa perspectiva, a diretora da S&P disse que a nota brasileira teria sido rebaixada para abaixo da categoria grau de investimento.
A S&P projeta que a economia brasileira ficará estagnada em 2016 e voltará a ter crescimento apenas em 2017.
Logo no começo de sua apresentação, Lisa disse que as investigações de corrupção na Lava Jato contribuem para elevar a incerteza na economia, afetando a melhora da confiança do setor privado.
O Congresso mais hostil também tem dificultado a condução da política econômica, barrando alguns pontos importantes para o ajuste fiscal. "Vimos que o risco político piorou."
Ao mesmo tempo, Lisa frisou na teleconferência que vê comprometimento da equipe econômica em tocar o ajuste necessário para que o país volte a crescer e vê disposição do governo em dialogar com o Congresso.
A S&P, disse ela, vai monitorar essas conversas e o andamento das medidas no segundo semestre.
Ela mencionou ainda o esforço do Banco Central para conter a inflação e ressaltou que a expectativa do mercado para 2016 já mostra maior convergência para perto da meta do governo.