Brasil perdeu 1,5 milhão de postos de trabalho no 1º trimestre, diz IBGE
O mercado perdeu 408 mil vagas com carteira assinada em relação ao quarto trimestre de 2017, descendo ao menor patamar da série histórica
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de abril de 2018 às 10h26.
Rio - O País perdeu 1,528 milhão de postos de trabalho em apenas um trimestre, ao mesmo tempo em que mais 1,379 milhão de pessoas migraram para o contingente de desempregados .
Outros 233 mil indivíduos aderiram à população inativa no primeiro trimestre de 2018. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No primeiro trimestre, o mercado de trabalho perdeu 408 mil vagas com carteira assinada em relação ao quarto trimestre de 2017, descendo ao menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado encolheu em 402 mil pessoas, e outros 248 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O setor público teve queda de 255 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico diminuiu em 167 mil pessoas.
De acordo com o IBGE, o Brasil tinha 13,689 milhões de pessoas em busca de emprego no primeiro trimestre deste ano. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação a igual período do ano anterior, segundo dados da Pnad Contínua agora divulgada.
Há menos 487 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,4%. O total de ocupados cresceu 1,8% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,634 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 0,7%, 455 mil pessoas a mais nessa condição.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 13,7% no trimestre até março de 2017 para 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,6% no primeiro trimestre deste ano.
Carteira assinada
O mercado de trabalho brasileiro perdeu 493 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017.
O total de vagas formais no setor privado no País caiu a 32,913 milhões de postos, o montante mais baixo de toda a série histórica iniciada em 2012.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,2% em um ano, com 533 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 5,7% ante o primeiro trimestre de 2017, com 234 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria cresceu 3,8% no período, com 839 mil pessoas a mais. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 1,4%, com 31 mil ocupados a mais. O setor público gerou 345 mil vagas, um avanço de 3,2% na ocupação.
Houve aumento de 145 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2,4% de ocupados a mais nessa função, segundo o IBGE.