O Brasil melhorou nove posições na classificação de países pelo critério de sustentabilidade ambiental, passando da 20ª posição em 2002 para a 11ª na edição 2005 do ranking (veja tabela abaixo com a colocação de 21 países. Para ler o estudo completo, clique aqui). Elaborado pelas universidades americanas Yale e Columbia em parceria com o Fórum Econômico Mundial, a pesquisa será apresentada quinta-feira (27/1) na reunião anual da entidade em Davos, Suíça.

O ESI (sigla de Environmental Sustainability Index) considera cinco componentes -- sistemas ambientais, redução de pressões ambientais, redução de vulnerabilidade humana, capacidade social e institucional e responsabilidade global -- detalhados em 21 indicadores e 76 variáveis. Avalia-se, por exemplo, qualidade e quantidade de água disponível, biodiversidade, produção de energia renovável, níveis de poluição e participação em acordos internacionais na área ambiental. Questões amplas entram no estudo, desde a presença de instituições democráticas até a incidência de desnutrição, passando pela capacidade de inovação. O objetivo é detectar a capacidade de um país de aprimorar seu desempenho com o passar do tempo.

O campeão do ranking 2005 é a Finlândia, seguida pela Noruega, Uruguai, Suécia e Islândia, os cinco únicos dos 146 países analisados que obtiveram índice superior a 70 pontos. De acordo com os autores da pesquisa, o resultado está diretamente relacionado ao patrimônio natural, baixa densidade populacional e gerenciamento bem-sucedido de questões ambientais e relacionadas ao desenvolvimento. Os Estados Unidos repetiram o desempenho de 2002 ficando em 45º, com 52,9 pontos e resultados especialmente ruins quanto à emissão de gases de efeito estufa e geração de resíduos industriais. Já a Argentina obteve 62,7 pontos, o suficiente para alçá-la à 9ª posição no ranking (estava em 15º no ranking 2002). O Brasil acumulou 62,2 pontos. O pior país do ranking é a Coréia do Norte (29,2 pontos), antecedida por Taiwan, Turcomenistão, Iraque, Uzbequistão e Haiti. Na lista de 2002, o Kuweit foi o pior dos 142 países classificados.

Para os patrocinadores do estudo, o ESI demonstra que a proteção do meio ambiente não deve se dar às custas da competitividade. "A Finlândia se equipara aos Estados Unidos em competitividade", diz o relatório de apresentação dos resultados, "mas pontua muito mais alto do que os Estados Unidos em sustentabilidade ambiental".