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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h00.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Maçao Tadano, afirmou que o Brasil deve vender 53 mil toneladas de carne suína para a Rússia. Isso significa que o país encerrou o embargo aos produtos suínos brasileiros.
A negociação do fim deste embargo foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, em viagem à Rússia, no mês passado. A primeira remessa, prevista para o mês que vem, será de 23 mil toneladas, rendendo US$ 23 milhões. Mais duas de 30 mil toneladas estão previstas até o final do ano. Os russos pararam de importar carne suína brasileira porque, em 2002, foi constatado um foco do mal de Aujezky em Santa Catarina e outro no Rio Grande do Sul. A doença não afeta o ser humano, mas causa enormes prejuízos econômicos porque os animais precisam ser sacrificados.
O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Ruy Vargas, viaja nesta segunda-feira (9/6) para Moscou, para entregar às autoridades russas um documento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dizendo que o Brasil aceita as condições para o controle sanitário da carne suína brasileira que, a partir desta semana, voltará a ser exportada para lá.
Segundo o documento que será apresentado a autoridades russas, não houve no país registro da doença nos últimos 12 meses e o ministério se compromete a fornecer um certificado de qualidade sanitária por município.
Vargas também comunicará aos russos que a carne bovina desossada e vendida àquele país não provém de animais infectados com estomatite vesicular. Segundo o secretário Maçao Tadano, neste caso, a fiscalização será feita por estado. Até o embargo, o Brasil exportava 377.099 toneladas de carne suína para a Rússia, de um total de 475.863 toneladas. No caso da carne bovina, a relação Brasil-Rússia era de 39,33 milhões de toneladas, o que rendia ao Brasil US$ 46,15 milhões.