Economia

Brasil encerra 2003 como maior exportador de carne de frango

O Brasil encerra 2003 como o maior exportador mundial de frango. O acumulado do ano e as previsões para dezembro indicam que o setor fechará seu balanço com 2 milhões de toneladas do produto embarcadas para 120 países, ao preço de 893 dólares por tonelada, totalizando uma receita cambial de 1,9 bilhão de dólares. Os […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.

O Brasil encerra 2003 como o maior exportador mundial de frango. O acumulado do ano e as previsões para dezembro indicam que o setor fechará seu balanço com 2 milhões de toneladas do produto embarcadas para 120 países, ao preço de 893 dólares por tonelada, totalizando uma receita cambial de 1,9 bilhão de dólares.

Os números, divulgados ontem (10/12) pela Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), apontam um crescimento de 25% sobre o volume de 2002. O consumo doméstico encolheu entre 2% e 3%, mantendo-se na faixa dos 32,8 quilos por habitante , com volume total de 5,8 milhões de toneladas.

A explosão das exportações não deverá se repetir em 2004, na avaliação do presidente da ABEF, Júlio Cardoso. Segundo ele, o desempenho foi resultado de uma combinação de fatores como queda do mercado doméstico, disponibilidade de produtos e uma grande demanda externa. O volume de vendas para o Mercosul, por exemplo, cresceu 958,8% no frango inteiro e 670,51% nos cortes devido, principalmente, à reativação da economia na Argentina. Isto significa que os países do Mercosul consumiram, em 2003, 6,4 mil toneladas de frango brasileiro.

A conquista de novos mercados também foi determinante para o desempenho recorde das exportações. Japão e Ásia são alguns exemplos. O Japão só importa cortes manuais, produto que não é oferecido pelos Estados Unidos. Com produtos de maior valor agregado, o Brasil está conseguindo atender a esta demanda.

O desempenho das exportações brasileiras poderia ter sido ainda maior não fosse a adoção de medidas protecionistas pela União Européia e pela Rússia. A Europa aumentou de 15% para 75% a sobretaxa sobre o corte de peito de frango salgado. Já a Rússia adotou o chamado sistema de quotas, válido até 2006, favorecendo os produtores americanos e europeus.

A perda de mercado na Rússia, maior consumidor mundial de carnes, é lamentada pelos avicultores de exportação. O presidente da ABEF alega que os empresários fizeram sua parte, mas infelizmente não houve entendimento entre os governos brasileiro e russo. Os americanos, segundo Cardoso, foram extremamente habilidosos nas negociações e saíram ganhando. Queremos sensibilizar o governo no sentido de aprender com o insucesso nas negociações com a Rússia , diz ele.

Com relação a previsões para 2004, Júlio Cardoso é cético. Em 2003, as exportações sustentaram a indústria. Em 2004 isto não vai acontecer , afirma. Pelas estimativas da ABEF, o crescimento tanto no mercado interno quanto nas exportações não passará de 2% ou 3%. Por isto, Cordeiro pede cautela aos empresários: A recomendação para as indústrias do setor é que tenham cuidado com o planejamento para 2004, pois não haverá nenhum boom .

Com informações da Agência Brasil
 

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