Em um momento de crescente disputa dos países emergentes por acesso a mercados para seus produtos e pela atração de investimentos estrangeiros, o Brasil é uma "marca" razoavelmente competitiva, diante de concorrentes diretos como os latino-americanos e os asiáticos. A conclusão é de um estudo do instituto de pesquisa americano Anholt-GMI, que utiliza uma metodologia para medir a força da "marca" das nações. Para tanto, afere-se a percepção da opinião pública internacional sobre itens como cultura, política, economia, direitos humanos, apelo turístico e potencial de investimentos de cada país.

No ranking divulgado nesta quarta-feira (3/8), o Brasil aparece em 15º lugar, entre 25 países pesquisados a melhor classificação entre os países emergentes, atrás apenas das nações européias e de resultados previsíveis, como os Estados Unidos e o Japão. O México, por exemplo, que conta com o acordo de livre comércio da América do Norte, vem na 16ª posição (veja tabela abaixo).

Coréia do Sul, Índia, China e África do Sul, outros emergentes apontados por diversos analistas como grandes promessas da economia mundial neste século, foram classificados em posições inferiores à brasileira. O documento não se refere especificamente ao Brasil, mas comenta detidamente casos como o da China. Os chineses foram prejudicados, sobretudo, pela má percepção da qualidade de seus produtos exportados. A área governamental também foi mal avaliada, já que o país apresenta uma ambígua situação de liberdade econômica e centralização política. O único item em que a China se destaca positivamente é o da herança cultural, no qual aparece em segundo lugar, atrás apenas do Egito.

Brasil se destaca entre emergentes
Posição	País
1	Austrália
2	Canadá
3	Suíça
4	Reino Unido
5	Suécia
6	Itália
7	Alemanha
8	Holanda
9	França
10	Nova Zelândia
11	Estados Unidos
12	Espanha
13	Irlanda
14	Japão
15	Brasil
16	México
17	Egito
18	Índia
19	Polônia
20	Coréia do Sul
21	China
22	África do Sul
23	República Tcheca
24	Rússia
25	Turquia
Fonte: Anholt-GMI