Brasil é o 120º melhor lugar para negócios, diz ranking
Começar um negócio no Brasil demora 83,6 dias, melhor que os 107,5 dias do levantamento de 2013, mas ainda longe dos líderes do ranking
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2014 às 17h42.
Nova York - Fazer negócios no Brasil para uma empresa ficou um pouco mais fácil, mas o País ainda está bem longe dos melhores lugares do mundo para a vida de um empreendedor, mostra um estudo divulgado na terça-feira, 28, em Washington pelo Banco Mundial sobre a facilidade de se fazer negócios em 189 países.
O Brasil ficou na 120ª posição no ranking geral este ano. No relatório do ano passado, inicialmente o País havia ficado em 116º, mas, em uma revisão divulgada ontem junto com o novo estudo, a economia brasileira agora aparece no 123º lugar em 2013. No ano anterior, estava na posição 130º.
Começar um negócio no Brasil demora 83,6 dias, melhor que os 107,5 dias do levantamento do ano passado, mas ainda longe dos líderes do ranking.
Em Cingapura, país que ocupa a primeira posição no levantamento deste ano, são apenas dois dias e meio. Nos EUA, o sétimo lugar, são 5,6 dias. Na América Latina, são 31,7 dias.
Em outros indicadores isolados, usados no conjunto para fazer o ranking geral, o Brasil também ocupa posições ruins. Na abertura de uma empresa, o País é o 167º, com 11,6 procedimentos necessários - em Cingapura são três e na Nova Zelândia, apenas um.
Em conseguir permissão para construção, o Brasil fica em 174º lugar, demorando, em média, 426 dias. Obter eletricidade é um dos poucos itens em que o Brasil se destaca, ocupando a 19ª posição no ranking dessa categoria.
Cingapura, pelo nono ano consecutivo na liderança, é o lugar mais fácil para se fazer negócios no mundo. Em seguida, aparecem, pela ordem, Nova Zelândia, Hong-Kong, Dinamarca e Coreia do Sul.
O último lugar ficou com a Eritreia, na África, e o penúltimo com a Líbia. Piores que o Brasil no ranking geral estão países como Haiti, Bolívia, Paquistão, Sudão, Índia, Venezuela e Argentina.
O relatório do Banco Mundial conclui que houve progressos na regulamentação pelo mundo com o objetivo de facilitar os negócios para os empresários.
"Dos países que nós medidos, em 80% as regulamentação são mais simples e fáceis para empreendedores começarem uma empresa nova ou transferirem propriedade", destaca uma das autoras do estudo, Rita Ramalho, em um vídeo entregue aos jornalistas, ressaltando que a maioria das reformas ocorreu na África.
De junho de 2013 a junho de 2014 o relatório, que cobre 189 economias em todo o mundo, documentou 230 reformas.
No Brasil, não houve reformas no ano passado até o período encerrado em junho deste ano. Pela primeira vez, o Banco Mundial passou a avaliar também as cidades de Rio e São Paulo para ver as condições de negócios.
A principal diferença é que no Rio o salário mínimo para um trabalhador em tempo integral é de US$ 484,24, maior que o de São Paulo (US$ 437,80).
Na América Latina, o país mais bem colocado passou a ser a Colômbia (34º lugar), tomando a posição do Chile (agora em 41.º). A Colômbia é citada no relatório como o país da região que mais fez reformas para incentivar os negócios das empresas menores desde 2005.
O Peru aparece em 35.º e, graças a reformas e outras medidas vem conseguindo melhorar o ambiente de negócios. Ao todo, 32 economias da América Latina implementaram pelo menos uma reforma regulatória para facilitar negócios entre junho de 2013 e junho de 2014.
"O sucesso ou o fracasso de uma economia depende de uma série de variáveis. Entre elas, muitas vezes esquecidas, estão as engrenagens que facilitam as empresas e os negócios", afirma o vice-presidente sênior e economista-chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em sete de abril, o Banco Santander protagonizou sua segunda maior compra do trimestre – a quinta entre as maiores feitas por empresas latinas.Trata-se da compra de 88,5% de participação na empresa de captura e processamento Getnet por US$ 495 milhões.
A empresa de fertilizantes Mosaic comprou, em 15 de abril, a área de distribuição de fertilizantes para o Brasil e Paraguai da Daniels Midland Company, por US$ 200 milhões.
A companhia InterGen NV pagou 150 milhões, em 21 de abril, por 50% da companhia Energia Sierra Juarez.
Em oito de abril, a empresa de papel e celulose International Paper pagou US$ 141 milhões por 25% de participação na Orsa Interntional, que pertence ao Grupo Jari Celulose.
Em 10 de abril, a Anima Educação pagou US$ 140 milhões pela Universidade São Judas Tadeu, que pertencia à família Mesquita.
A empresa global de alimentos Alicorp desembolsou US$ 107 milhões, em 30 de abril, para a compra da Global Alimentos, companhia peruana que produz algumas das mais famosas marcas de cerais e salgadinhos do país.