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Brasil e México não concluem negociação sobre acordo

País está ameaçando romper o acordo comercial assinado em 2002 depois que as exportações de automóveis mexicanos saltaram 70% em 2011

O Brasil quer que o México reduza suas exportações de automóveis em mais de um terço (Tunckan Yildiz / Stock Xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 09h31.

Cidade do México - Brasil e México não finalizaram na quarta-feira negociações para salvar o acordo comercial automotivo que mantêm há uma década, sem sinal de o Brasil recuar em sua demanda para que o México reduza suas exportações de automóveis para o país.

O Brasil está ameaçando romper o acordo comercial assinado em 2002 depois que as exportações de automóveis mexicanos saltaram 70 por cento em 2011, agravando um quadro de elevadas importações pelo país que preocupa os fabricantes brasileiros, que enfrentam um ambiente de real valorizado.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniram-se na quarta-feira com os colegas mexicanos Bruno Ferrari (Economia) e Patricia Espinosa (Relações Exteriores), na Cidade do México, mas as negociações não resultaram em um grande avanço.

O México apresentou uma proposta para o Brasil e está aguardando uma decisão, disse um funcionário do governo mexicano, pedindo para não ser identificado. Não ficou claro se as negociações entre os ministros continuarão nesta quinta-feira, acrescentou o funcionário.

O Brasil quer que o México reduza suas exportações de automóveis para o Brasil em mais de um terço em relação a 2011, para 1,4 bilhão de dólares por ano. O México rejeita a demanda, dizendo que qualquer quota possível precisa ter como base pelo menos os níveis do ano passado.

A tentativa do Brasil de reduzir as exportações de automóveis mexicanas pode perturbar países como os Estados Unidos, que fornecem componentes para os carros feitos no México, e as operações de montadoras internacionais, com fábricas de produção no país.

A posição dura de Brasília nas negociações de automóveis segue uma desaceleração da economia brasileira no final de 2011.

"Parece que o Brasil está assumindo uma posição de força e que está dizendo que não precisa deste acordo com o México. Mas eles realmente parecem estar compensando a falta de competitividade de seus próprios carros por causa da moeda e dos impostos", disse Barbara Kotschwar, uma especialista em comércio latino-americano do Peterson Institute for International Economics, com sede em Washington.

O México é um dos principais defensores do livre comércio e as exportações representam quase um terço de sua economia. Enquanto isso, o Brasil tem se mostrado mais cético em relação a derrubar barreiras comerciais, com as exportações responsáveis por pouco mais de um décimo de sua economia.

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O Brasil está ameaçando romper o acordo comercial assinado em 2002 depois que as exportações de automóveis mexicanos saltaram 70 por cento em 2011, agravando um quadro de elevadas importações pelo país que preocupa os fabricantes brasileiros, que enfrentam um ambiente de real valorizado.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reuniram-se na quarta-feira com os colegas mexicanos Bruno Ferrari (Economia) e Patricia Espinosa (Relações Exteriores), na Cidade do México, mas as negociações não resultaram em um grande avanço.

O México apresentou uma proposta para o Brasil e está aguardando uma decisão, disse um funcionário do governo mexicano, pedindo para não ser identificado. Não ficou claro se as negociações entre os ministros continuarão nesta quinta-feira, acrescentou o funcionário.

O Brasil quer que o México reduza suas exportações de automóveis para o Brasil em mais de um terço em relação a 2011, para 1,4 bilhão de dólares por ano. O México rejeita a demanda, dizendo que qualquer quota possível precisa ter como base pelo menos os níveis do ano passado.

A tentativa do Brasil de reduzir as exportações de automóveis mexicanas pode perturbar países como os Estados Unidos, que fornecem componentes para os carros feitos no México, e as operações de montadoras internacionais, com fábricas de produção no país.

A posição dura de Brasília nas negociações de automóveis segue uma desaceleração da economia brasileira no final de 2011.

"Parece que o Brasil está assumindo uma posição de força e que está dizendo que não precisa deste acordo com o México. Mas eles realmente parecem estar compensando a falta de competitividade de seus próprios carros por causa da moeda e dos impostos", disse Barbara Kotschwar, uma especialista em comércio latino-americano do Peterson Institute for International Economics, com sede em Washington.

O México é um dos principais defensores do livre comércio e as exportações representam quase um terço de sua economia. Enquanto isso, o Brasil tem se mostrado mais cético em relação a derrubar barreiras comerciais, com as exportações responsáveis por pouco mais de um décimo de sua economia.

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