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Brasil e China assinarão acordos;de, pelo menos, US$ 7,5 bilhões

O valor refere-se às parcerias previstas nas áreas de infra-estrutura, siderurgia e mineração que serão assinadas durante a visita do presidente chinês Ju Hintao ao país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.

Se as projeções se confirmarem, a visita do governo chinês ao Brasil resultará em acordos comerciais de bilhões de dólares. O presidente da China, Hu Jintao, e uma comitiva de 150 empresários desembarcam hoje (11/11) em Brasília e participam de encontros diplomáticos e muitas reuniões comerciais. A previsão é que, durante a visita, que se encerra no dia 16, deverão ser formalizadas diversas parcerias comerciais nas áreas de infra-estrutura, siderurgia e mineração. Somente nesses setores, os contratos estão avaliados entre 7,5 bilhões e 8,5 bilhões de dólares. Empresas de outros segmentos, como tecnologia, turismo e energia, também devem assinar acordos comerciais.

Um dos negócios já confirmados é a criação de uma parceria para a fabricação de vagões de trens, envolvendo as empresas chinesas CSR Zhuzhou Rolling Stock Works, Mitsui, China Railway Material Import and Export, e o consórcio brasileiro Metalmecânico, do Espírito Santo. Segundo o diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, Mário Vilalva, os chineses estão bastante interessados em investir no setor de logística brasileiro, a fim de baratear o escoamento de produtos que serão exportados para a China. O país é um dos principais compradores da soja brasileira, por exemplo, somando 1,3 bilhão de dólares por ano.

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Outra parceria aguardada no setor de transportes é a da Brasil Invest e da China International Trust and Investment, com o objetivo de recuperar e expandir a malha ferroviária brasileira. As conversas começaram em maio, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silvavisitou a China. Conforme o ministério do Planejamento, as prioridades para essa parceria são a ferrovia Norte-Sul e o porto de Itaqui, no Maranhão.

Turismo

Durante a visita oficial, Hintao deve assinar um acordo estendendo a classificação de destino turístico aprovado ao Brasil. Com isso, espera-se que o país se beneficie com o aumento fluxo de visitantes chineses. A companhia aérea Varig já abriu um escritório em Pequim para explorar o potencial do novo mercado.

Já se sabe que a quantidade de chineses que viaja a passeio deve crescer nos próximos anos. Estima-se que, em 2010, cerca de 100 milhões de turistas chineses mais da metade da população brasileira passarão as férias em países previamente aprovados pelo governo.

Nesta quinta-feira, a vice-ministra do Comércio, Ma Xiu Hong, inaugurará o primeiro escritório comercial do governo chinês no Brasil o China Trade Center, em São Paulo. O local terá 6 mil metros quadrados e contará com um espaço para exposição de produtos do país.

Balança comercial

O comércio bilaterial entre Brasil e China, de janeiro a setembro, somou 7 bilhões de dólares. A cifra já é maior do que todo o acumulado em 2003 (6,7 bilhões de dólares). Até setembro, as transações geraram um saldo positivo para o Brasil de 1,8 bilhão, fruto de exportações de 4,3 bilhões e de importações de 2,5 bilhões. A meta do governo brasileiro é elevar a corrente comercial entre os dois países para 10 bilhões de dólares. Em 2000, esse valor foi de 1,5 bilhão.

Com informações da Agência Brasil.

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