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Brasil e Argentina fecham acordo automotivo

Acerto vigorará até 30 de junho de 2008, quando será revisto pelos dois países

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Brasil e Argentina fecharam nesta segunda-feira (26/6) o acordo que regulamentará o comércio de veículos e peças de veículos entre os dois vizinhos por dois anos, a partir de 1º de julho. Durante a vigência desse acordo, as vendas de produtos automotivos funcionarão com um limite flex de 1,95, o que significa que para cada 100 dólares exportados será possível importar do vizinho 195 dólares sem pagamento de imposto.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil conseguiu driblar alguns dos pedidos argentinos, como a definição de um flex diferente para cada país. O acerto prevê o índice único para ambos que poderá oscilar até 2,1 e se aproxima do fluxo atual de comércio entre os dois países, que tem mantido uma proporção de 1,85, segundo com o ministério. Os argentinos também queriam que a definição do valor do flex fosse apurado com base nos dados de empresas, e não dos dois países.

Ficou fora do acordo a discussão do desconto de 40% de que as empresas brasileiras usufruem hoje na importação de autopeças de países de fora do Mercosul. A questão deve ser avaliada até 31 de dezembro.

Até o fim do prazo deste acordo automotivo, 30 de junho de 2008, Brasil e Argentina devem se reunir para rediscutir o intercâmbio comercial. "A conjuntura econômica não dá clareza para definir uma política de longo prazo, por isso os países optaram por estabelecer uma política de transição para que haja maior previsibilidade econômica", afirmou Antonio Sergio Martins de Mello, coordenador do grupo de trabalho automotivo Brasil-Argentina e secretário do Ministério do Desenvolvimento.

O ministro do Desenvolvimento brasileiro, Luiz Fernando Furlan, se reunirá ainda hoje com a ministra da economia da Argentina, Felisa Miceli, para ratificar o acordo.

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