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Brasil deve buscar novos mercados, diz diretor da Secex

Diretor Márcio Lima destacou que, em 2019, o Brasil participará de "praticamente um livre comércio" com a América Latina

Comércio: diretor defendeu Mercosul como um aprofundamento maior entre os países (REUTERS/Dinuka Liyanawatte/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 18h14.

São Paulo - O Brasil passa por um período de "maturidade" nos acordos comerciais . Após avançar nas negociações com países da América Latina, agora tem de se esforçar para conquistar acordos com novos mercados sem perder o espaço já conquistado.

Essa é a avaliação do diretor do Departamento de Negociações Internacionais da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/ MDIC ), Márcio Luiz de Freitas Nave de Lima, apresentada durante evento promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em São Paulo, para lançar o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2014.

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Lima destacou que, em 2019, o Brasil participará de "praticamente um livre comércio " com a América Latina. "Hoje na América Latina temos acordos com praticamente todos os países. E há também iniciativa nossa de acelerar cronograma de desgravação tarifária", afirmou o diretor.

Ele defendeu ainda o Mercosul como um aprofundamento maior entre os países e destacou que uma forma de aprimorar o grupo seria alterar o processo de tomada de decisões.

"A ideia agora é partir para novos mercados", destacou Lima. Ele citou a tentativa de acordo com a União Europeia e destacou que o trabalho técnico para avançar nas propostas já foi realizado.

"Foi levado para o nível político para ser decidido quando haverá a troca de ofertas", disse, sobre o processo de discussão de um acordo entre Mercosul e União Europeia, encampado pelo Brasil.

Presente no evento, o ex-embaixador brasileiro em Washington Rubens Barbosa destacou a dificuldade de negociação do acordo no âmbito do Mercosul e defendeu uma discussão em velocidades diferentes para os países.

"Estamos em julho e nada foi feito. Há um entrave na negociação", disse Barbosa, afirmando que a Venezuela entrou no Mercosul sem negociar condições de ingresso, caso que deve se repetir com a Bolívia, disse o embaixador.

"Não podemos ficar a reboque dos acontecimentos. Não podemos ficar dependendo da Bolívia, do Paraguai, do Uruguai", disse Barbosa, para quem o momento é de rever a política para avançar em acordos comerciais, sem deixar de lado a tarifa externa comum presente no Mercosul.

Já Lima lembrou que, com a União Europeia , não basta negociar tarifa, mas também discutir questões como regulamentos e normas técnicas, depois da troca de ofertas.

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