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Brasil contribuirá com US$ 18 bilhões ao fundo do BRICS

Arranjo Contingente de Reservas contará com montante inicial de US$ 100 bi, sendo US$ 41 bi da China. Brasil, Índia e Rússia irão colaborar com US$ 18 bi, cada

BRICS: país que solicitar recursos receberá em dólares e dará sua moeda aos outros países (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 14h54.

Brasília - O Banco Central divulgou nota na tarde desta terça-feira, 15, em que detalha o acordo firmado pelos países do BRICS a respeito do Arranjo Contingente de Reservas (CRA, na sigla em inglês).

Segundo a nota, o CRA contará com montante inicial de US$ 100 bilhões, sendo US$ 41 bilhões da China. Brasil, Índia e Rússia irão colaborar, cada um, com US$ 18 bilhões. África do Sul fará um aporte de US$ 5 bilhões.

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O BC informou ainda que a eventual liberação de recursos se dará por meio de operações de swap. O país que solicitar recursos receberá dólares e, em contrapartida, dará sua moeda aos países contribuintes, em montante e por período determinados.

"O valor máximo de saque será determinado por multiplicador aplicado ao compromisso de cada país: a China terá multiplicador igual a meio, podendo sacar até metade dos seus compromissos (US$ 20,5 bilhões); Brasil, Índia e Rússia terão multiplicador igual a um, podendo sacar montante equivalente a seus compromissos individuais (US$ 18 bilhões)", disse um trecho da nota.

A África do Sul terá multiplicador igual a dois, ou seja, poderá sacar o dobro do que aportou (US$ 10 bilhões).

A autoridade monetária esclareceu ainda que a criação do CRA não acarretará a transferência de reservas internacionais e que um membro poderá sacar integralmente o valor permitido apenas se mantiver programa de apoio financeiro com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Caso não cumpra esse requisito, o requerente poderá sacar até 30% do valor estabelecido", explicou um trecho da nota. "A entrada em vigor do CRA ocorrerá após completados os trâmites legais para sua ratificação, incluindo, no caso do Brasil, a aprovação pelo Congresso Nacional", informou.

O BC disse ainda que o novo arranjo complementa a rede de proteção financeira mundial. O criação dele, segundo a instituição, independentemente de utilização, proporciona "benefícios decorrentes do fortalecimento da rede de segurança financeira global, apoiando dificuldades temporárias de balanço de pagamento de seus membros".

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