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Brasil completa 2 anos sem aftosa, afirma ministério

O Brasil completou dois anos sem registro de focos de febre aftosa em seu território, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Amauri Dimarzio. O último caso foi detectado no Maranhão, no dia 18 de agosto de 2001. Segundo o secretário, a conquista é importante porque o mercado internacional de carne […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

O Brasil completou dois anos sem registro de focos de febre aftosa em seu território, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Amauri Dimarzio. O último caso foi detectado no Maranhão, no dia 18 de agosto de 2001. Segundo o secretário, a conquista é importante porque o mercado internacional de carne bovina é dependente da situação sanitária dos países exportadores, especialmente no que se refere à ausência da doença. O Brasil, que é um dos principais fornecedores de carne bovina do mundo, tem hoje reconhecimento internacional de 84% das propriedades e 50% do território nacional como livres de febre aftosa , disse o diretor do Departamento de Defesa Animal, João Cavallero.

Segundo o diretor, ainda este ano o Brasil irá declarar o Acre e o centro-sul do Pará como zonas livres da doença com vacinação. Em maio de 2004, o Ministério da Agricultura solicitará o reconhecimento destas duas áreas como zonas livres junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Cavallero adiantou que nos próximos dias 28 e 29 participará de uma reunião do Comitê Veterinário Permanente do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), em Buenos Aires, Argentina, para discutir o programa de erradicação da febre aftosa no Cone Sul - América do Sul mais Chile e Bolívia. Antes, vamos discutir internamente qual seria a contrapartida brasileira no processo de erradicação , afirmou.

Cavallero ressaltou que a erradicação da febre aftosa no Brasil é uma responsabilidade compartilhada que envolve a formulação de políticas públicas pelo governo federal, a execução pelos estados e a gestão pelo setor privado. Ele acrescentou que uma parceria com os países vizinhos no controle da doença será fundamental para iniciar um processo de reconhecimento de zona livres sem vacinação para o Brasil.

Doença de aves

Dimarzio também anunciou que o Brasil está declarando o sistema industrial de aves de nove estados (SP, MG, GO, DF, MT, MS, PR, SC E RS) como áreas livres de newcastle, doença de origem viral considerada a principal barreira às exportações de carnes de aves. Estes estados respondem por 100% das exportações e 80% da produção. A importância do newcastle para as aves do ponto de vista mercadológico é a mesma da aftosa para bovinos , disse o secretário. O Ministério da Agricultura vai comunicar o reconhecimento à OIE e aos parceiros comerciais. Dimarzio explicou que a declaração ocorreu a partir de comprovação científica. Há seis anos o Brasil não detecta a doença de newcastle em seu sistema industrial."

Numa segunda fase, o Ministério da Agricultura vai trabalhar na manutenção desse status e também na ampliação da vigilância ativa, monitorando a movimentação de aves migratórias em mais quatro estados do Nordeste. O Brasil é o segundo maior exportador mundial de carnes de aves. Com a declaração de que o sistema industrial está livre da doença, podemos ampliar as vendas para mercados consumidores importantes, como Estados Unidos, Canadá e, principalmente, os países asiáticos.

Exportações

O governo chinês reafirmou nesta terça-feira (19/08) que tem interesse em ampliar as importações de carne bovina do Brasil, disse Dimarzio, que se reuniu com o vice-ministro da Administração Geral da Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Wang Qinping. Durante a audiência, eles também trataram do impasse criado com a decisão de proibir determinadas empresas brasileiras de exportar soja para aquele mercado.

De acordo com Dimarzio, a China reclama da presença de impurezas e de aflatoxina resultante do excesso de umidade na soja embarcada por determinadas empresas brasileiras para a China. O produto originário da Argentina e dos Estados Unidos também enfrenta restrições semelhantes no mercado chinês. Dimarzio pediu à missão chinesa que envie uma análise contendo dados detalhados de cada carga embarcada, a fim de que seja feito o rastreamento da soja exportada para identificar a origem dos lotes.

Com essas informações, o Brasil poderá descobrir de quais portos saíram os lotes de soja com problemas e, conseqüentemente, quais as empresas exportadoras. Dimarzio revelou também que o ministério está organizando uma missão para visitar a China no próximo mês.

O secretário-executivo disse ainda que a embaixada do Brasil em Pequim recebeu do governo chinês, em julho passado, um pedido de avaliação de controle de resíduos da carne bovina, com vistas a ampliar as vendas do produto para aquele mercado. Atualmente, o Brasil tem uma cota de exportação de 10 mil toneladas/ano para a China.

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