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Bradesco revisa projeção de PIB de +0,5 para queda de 0,5%

Em relatório, banco afirma que a mudança se deve à "piora relevante" do balanço de riscos para o crescimento da economia brasileira neste ano

Bradesco: principal mudança, afirma o banco, deu-se em relação à projeção de investimentos (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 16h37.

São Paulo - O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco revisou, nesta sexta-feira, a projeção para o PIB de 2015 para queda de 0,5%, ante previsão anterior de alta de 0,5%.

Em relatório assinado pelo diretor Octavio de Barros, o banco afirma que a mudança se deve à "piora relevante" do balanço de riscos para o crescimento da economia brasileira neste ano.

A principal mudança, afirma o Bradesco, deu-se em relação à projeção de investimentos, que devem cair 3%, segundo previsão do banco.

"As razões são a forte queda de investimentos noticiada no setor de petróleo, bem como os ainda baixos índices de confiança do setor. De fato, esses sugerem, no nível atual, uma queda ainda maior em 2015, de cerca de 10%", afirma a instituição financeira.

O Bradesco destaca também como "vetor baixista" a piora do cenário de chuvas, que, na avaliação do banco, aumentou a probabilidade de um racionamento de água e/ou de energia.

A instituição pondera, contudo, que esse vetor ainda não está incorporando a projeção de retração de 0,5%.

Segundo o Bradesco, um racionamento geraria uma contração adicional de 1,5 ponto porcentual no PIB de 2015.

O banco cita ainda como vetores baixistas o "desaquecimento mais nítido" do mercado de trabalho, com geração negativa de vagas nos últimos meses, e a "surpresa negativa" com o resultado dos indicadores fiscais ao fim de 2014.

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A principal mudança, afirma o Bradesco, deu-se em relação à projeção de investimentos, que devem cair 3%, segundo previsão do banco.

"As razões são a forte queda de investimentos noticiada no setor de petróleo, bem como os ainda baixos índices de confiança do setor. De fato, esses sugerem, no nível atual, uma queda ainda maior em 2015, de cerca de 10%", afirma a instituição financeira.

O Bradesco destaca também como "vetor baixista" a piora do cenário de chuvas, que, na avaliação do banco, aumentou a probabilidade de um racionamento de água e/ou de energia.

A instituição pondera, contudo, que esse vetor ainda não está incorporando a projeção de retração de 0,5%.

Segundo o Bradesco, um racionamento geraria uma contração adicional de 1,5 ponto porcentual no PIB de 2015.

O banco cita ainda como vetores baixistas o "desaquecimento mais nítido" do mercado de trabalho, com geração negativa de vagas nos últimos meses, e a "surpresa negativa" com o resultado dos indicadores fiscais ao fim de 2014.

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