Economia

BPC e aposentadoria rural não sobrevivem em comissão especial, diz Maia

Secretário da Previdência já havia afirmado que mudanças nos dois pontos podem ser suprimidos da reforma

Rodrigo Maia acredita que mudanças serão feita depois de o texto sair da Comissão de Constituição e Justiça (Adriano Machado/Reuters)

Rodrigo Maia acredita que mudanças serão feita depois de o texto sair da Comissão de Constituição e Justiça (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de abril de 2019 às 16h53.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 17h39.

Brasília — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 2, que as mudanças propostas na reforma da previdência para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e para a aposentadoria rural não devem sobreviver à discussão e votação na comissão especial sobre o tema.

Como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde está o texto, verifica apenas se a proposta fere termos constitucionais, a tarefa de tirar os dois itens da reforma deve caber à Comissão Especial que debaterá o tema.

"Eu tenho certeza, pelo que ouço dos líderes dos partidos, que o BPC e a aposentadoria rural não vão sobreviver na comissão especial em hipótese nenhuma. A Câmara vai tomar sua decisão, os partidos já decidiram, em sua maioria. É só uma questão de tempo", diz Maia.

O presidente da Câmara informou que os deputados vão debater outras questões, dentre elas, se deve haver transição para servidores públicos que começaram a trabalhar antes de 2003; se a progressividade das alíquotas é constitucional, além do regime de aposentadoria especial para professores.

O presidente da Câmara evitou comentar uma possível falta de mobilização do Palácio do Planalto para aprovação do tema e reiterou o compromisso com a reforma da Previdência. Segundo Maia, o governo deve fazer da forma que encara a melhor.

"A participação dos partidos políticos e a minha nunca deixaram de existir. Se o governo vai participar de uma forma mais ativa, ou não, é uma decisão do governo, e é democrático que faça da forma que entender melhor. Da nossa parte, o compromisso com a aprovação, a votação, a discussão da matéria [existem], eu vou junto."

O secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, afirmou nesta terça-feira, 2, que o governo continuará defendendo os pontos apresentados pelo Executivo no projeto de reforma da Previdência, mas que os parlamentares dirão qual será o texto da Previdência.

“Se a maioria dos deputados defender, BPC e rural serão suprimidos”, acrescentou o secretário, ressaltando que, no início dos trabalhos, o governo vai abrir os números do BPC.

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