Economia

Bovespa cai 0,51% com aperto monetário na China

São Paulo - A decisão da China de desacelerar o ritmo de crescimento, por meio de aperto monetário, diante das preocupações com o avanço da inflação, disparou o temor entre os investidores em relação ao risco, e boa parte deles passou a se desfazer de papéis ligados a matérias-primas (commodities) para buscar ativos mais seguros, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - A decisão da China de desacelerar o ritmo de crescimento, por meio de aperto monetário, diante das preocupações com o avanço da inflação, disparou o temor entre os investidores em relação ao risco, e boa parte deles passou a se desfazer de papéis ligados a matérias-primas (commodities) para buscar ativos mais seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries). "Há um direcionamento de recursos dos ativos", segundo George Sanders, gestor de renda variável da Infinity Asset Management.

A decisão da terceira maior economia, aliada ao balanço desapontador da Alcoa - que abriu ontem à noite a safra de resultados trimestrais nos EUA - levou o índice Bovespa à queda, mas sem abandonar a marca dos 70 mil pontos alcançada no primeiro pregão de 2010 e mantida deste então. O Ibovespa fechou hoje com baixa de 0,51%, aos 70.075,78 pontos, depois de oscilar entre a máxima de 70.428,82 pontos (-0,01%) e a pontuação mínima de 69.284,03 (-1,63%). O volume de negócios, ainda preliminar, foi de R$ 6,3 bilhões.

No caso da Petrobras, pesaram nesta terça-feira não só a queda das cotações do petróleo e as incertezas sobre o processo de capitalização, como também a notícia de que a estatal costura um acordo com a portuguesa Galp para entrar no mercado europeu de combustíveis como exportadora de diesel ainda nesta década, segundo relataram fontes à Agência Estado. Petrobras ON caiu hoje 1,26%, a R$ 40,77, enquanto Petrobras PN perdeu 1,28%, para R$ 36,36. Este foi o quarto dia consecutivo de recuo para as ações PN da estatal, que acumulam perda de 3,28% em um mês. Já o contrato futuro de petróleo com vencimento em fevereiro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou em US$ 80,79 por barril, queda de 2,10%.

Na seara de captação de recursos, após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emitir US$ 1 bilhão em bônus no dia 5 deste mês, hoje a agência Dow Jones informou, segundo fontes, que o Banco Votorantim captou US$ 750 milhões por meio de uma emissão de bônus no exterior, com prazo de 10 anos. A agência também informou planos do Banco do Brasil e do BicBanco para novas captações externas, de respectivamente US$ 1 bilhão e US$ 200 milhões.

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