Exame Logo

Bom crescimento do Japão garante política econômica de Abe

O crescimento do PIB do Japão no primeiro trimestre foi maior que o anunciado inicialmente, +1% em vez de +0,9%

O primeiro ministro japonês: estes novos dados ajudam a apoiar as ações de Abe (REUTERS/Soe Zeya Tun)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 13h08.

Tóquio - O bom crescimento do Japão no primeiro trimestre (+1%), anunciado nesta segunda-feira, permite considerar que a política econômica expansionista do primeiro-ministro Shinzo Abe, chamada de "abenomics", está no caminho certo.

O crescimento do PIB do Japão no primeiro trimestre foi maior que o anunciado inicialmente, +1% em vez de +0,9% em relação ao período anterior outubro-dezembro de 2012, segundo números divulgados pelo governo que revisam em alta uma estimativa anterior, de meados de maio.

Em ritmo anual, o Produto Interno Bruto (PIB) da terceira maior economia do mundo aumentou no primeiro trimestre de 2013 4% (em vez de +3,5%, segundo os números de maio) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Isso ocorre não muitos meses depois de o Japão ter conseguido sair no quarto trimestre de 2012 de seis meses de recessão.

O governo de direita de Abe, no poder há seis meses, implementa uma política orientada para a expansão da demanda, graças a um forte plano de reativação - por meio de obras públicas -, de flexibilização monetária de seu banco central (BoJ) e a um processo de desregulamentação e de reformas para facilitar a vida dos empresários.

A melhora econômica nos Estados Unidos, junto com taxas de câmbio mais favoráveis, também contribuiu para uma queda do iene diante do dólar, estimulando as exportações no primeiro trimestre do ano.

"Estes dados confirmam que a economia japonesa está se recuperando", comenta Hideki Matsumura, do Japan Research Institute.


Estes novos dados ajudam a apoiar as ações de Abe. Sua política lhe permitirá, segundo Matsumura, afastar a deflação, um problema recorrente na economia japonesa. A queda contínua dos preços é considerada a maior causa da fraca atividade econômica do arquipélago há 15 anos.

O primeiro-ministro insistiu no fim de semana em sua vontade de ir mais longe, em relação a sua estratégia de crescimento, e anunciou sua intenção de diminuir os impostos de quem investe, elemento necessário para estimular o crescimento, segundo Abe.

Aos que - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - consideram que o governo assume riscos consideráveis ao deixar a já colossal dívida do Estado crescer ainda mais, o primeiro-ministro responde que o peso desta dívida não cairá enquanto o crescimento não voltar e a deflação não acabar. E esse é, em suma, o objetivo de sua "abenomics".

Ao realizar uma visita de Estado ao Japão na semana passada, o presidente francês, François Hollande, se declarou favorável a essas medidas, embora a Europa siga afundada em um processo de rigor orçamentário.

Mais crescimento "é o que Abe quer para o Japão, e é o que eu quero para a França", disse Hollande.

Esta orientação econômica é apoiada pelo banco central japonês, que inicia nesta segunda-feira uma reunião de dois dias na qual os especialistas esperam que algumas medidas adicionais sejam adotadas.

Veja também

Tóquio - O bom crescimento do Japão no primeiro trimestre (+1%), anunciado nesta segunda-feira, permite considerar que a política econômica expansionista do primeiro-ministro Shinzo Abe, chamada de "abenomics", está no caminho certo.

O crescimento do PIB do Japão no primeiro trimestre foi maior que o anunciado inicialmente, +1% em vez de +0,9% em relação ao período anterior outubro-dezembro de 2012, segundo números divulgados pelo governo que revisam em alta uma estimativa anterior, de meados de maio.

Em ritmo anual, o Produto Interno Bruto (PIB) da terceira maior economia do mundo aumentou no primeiro trimestre de 2013 4% (em vez de +3,5%, segundo os números de maio) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Isso ocorre não muitos meses depois de o Japão ter conseguido sair no quarto trimestre de 2012 de seis meses de recessão.

O governo de direita de Abe, no poder há seis meses, implementa uma política orientada para a expansão da demanda, graças a um forte plano de reativação - por meio de obras públicas -, de flexibilização monetária de seu banco central (BoJ) e a um processo de desregulamentação e de reformas para facilitar a vida dos empresários.

A melhora econômica nos Estados Unidos, junto com taxas de câmbio mais favoráveis, também contribuiu para uma queda do iene diante do dólar, estimulando as exportações no primeiro trimestre do ano.

"Estes dados confirmam que a economia japonesa está se recuperando", comenta Hideki Matsumura, do Japan Research Institute.


Estes novos dados ajudam a apoiar as ações de Abe. Sua política lhe permitirá, segundo Matsumura, afastar a deflação, um problema recorrente na economia japonesa. A queda contínua dos preços é considerada a maior causa da fraca atividade econômica do arquipélago há 15 anos.

O primeiro-ministro insistiu no fim de semana em sua vontade de ir mais longe, em relação a sua estratégia de crescimento, e anunciou sua intenção de diminuir os impostos de quem investe, elemento necessário para estimular o crescimento, segundo Abe.

Aos que - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - consideram que o governo assume riscos consideráveis ao deixar a já colossal dívida do Estado crescer ainda mais, o primeiro-ministro responde que o peso desta dívida não cairá enquanto o crescimento não voltar e a deflação não acabar. E esse é, em suma, o objetivo de sua "abenomics".

Ao realizar uma visita de Estado ao Japão na semana passada, o presidente francês, François Hollande, se declarou favorável a essas medidas, embora a Europa siga afundada em um processo de rigor orçamentário.

Mais crescimento "é o que Abe quer para o Japão, e é o que eu quero para a França", disse Hollande.

Esta orientação econômica é apoiada pelo banco central japonês, que inicia nesta segunda-feira uma reunião de dois dias na qual os especialistas esperam que algumas medidas adicionais sejam adotadas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrescimento econômicoCrises em empresasDesenvolvimento econômicoJapãoPaíses ricosreformas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame