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Bolsonaro desautoriza secretário sobre novo imposto que incluiria igrejas

"Em nosso governo, nenhum novo imposto será criado, em especial para as igrejas", disse em vídeo publicado no Twitter hoje

Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). À mesa, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque. (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Ligia Tuon

Publicado em 29 de abril de 2019 às 10h01.

Última atualização em 29 de abril de 2019 às 17h03.

São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro desautorizou o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, na manhã desta segunda-feita sobre a criação de um novo imposto.

"Em nosso governo, nenhum novo importo será criado, em especial para as igrejas", disse em vídeo publicado no Twitter hoje. O presidente diz ainda que foi surpreendido com a informação nesta manhã.

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Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta segunda, o secretário falou em eliminar acontribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamentos e a substituir pelaContribuição Previdenciária (CP), novo tributo que incidiria sobre todas as transações financeiras, bancárias ou não.

Segundo o secretário, até fiéis de igrejas deverão pagar o imposto quando contribuírem com o dízimo. "Isso vai ser polêmico", reconhece.

Ele nega comparações com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), aplicada entre 1997 e 2007.

"Não é uma CPMF, porque o novo imposto será permanente e não incidirá somente sobre operações de débito feitas pelo sistema bancário. Será muito mais amplo. Abarcará qualquer transação envolvendo pagamentos, até escambo.", diz o secretário.

Rodrigo Maia é contra

De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados,Rodrigo Maia , seguirá focada nas discussões em torno da reforma da Previdência e não debaterá, ao menos por ora, alterações na esfera tributária, afirmou nesta segunda-feira, 29 em sua conta do Twitter, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Não vamos tratar de aumento de impostos na Câmara, não passa. O foco agora é a Previdência para fazer o País crescer, gerar empregos”, escreveu o parlamentar.

O posicionamento de Maia ocorre após a informação de que o governo estaria estudando mudanças no modelo de tributação da folha de pagamento.

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