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Bolsas europeias abrem 2010 com firme alta

Londres - As principais bolsas europeias fecharam em forte alta no primeiro dia útil de 2010, impulsionadas pelos dados positivos de vários indicadores de atividade, que apontaram um forte crescimento do setor industrial e discursos de membros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sugerindo que um aperto monetário nos EUA ainda não aparece no […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Londres - As principais bolsas europeias fecharam em forte alta no primeiro dia útil de 2010, impulsionadas pelos dados positivos de vários indicadores de atividade, que apontaram um forte crescimento do setor industrial e discursos de membros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sugerindo que um aperto monetário nos EUA ainda não aparece no horizonte. "Até agora, a mais recente onda de vigor não mostra sinais de acabar", disse David Jones, estrategista da IG Index.

Em Londres, o índice FT-100 subiu 87,46 pontos (1,62%) e fechou com 5.500,34 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 77,64 pontos (1,97%) e fechou com 4.013,97 pontos. Em Frankfurt, o índice Dax-30 subiu 90,87 pontos (1,53%) e fechou com 6.048,30 pontos.

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No domingo, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse que políticas de regulamentação e supervisão, ao invés da política monetária, eram as culpadas pelo rápido aumento nos preços da moradia no início da última década. Ele também colocou bastante ênfase na visão de que a economia dos EUA somente vai se recuperar se os consumidores saírem às compras com disposição.

Nesta segunda-feira, uma medida de atividade industrial no Reino Unido subiu para o seu nível mais alto em 25 meses, uma pesquisa semelhante nos EUA superou as expectativas e duas medidas de atividade industrial na China apontaram para a mais rápida aceleração dos últimos anos.

"Eu estou animado pelas medida (de atividade industrial) no Reino Unido, assim, por toda a Europa existem sinais de que o pior ficou para trás", disse Stephen Pope, estrategista-chefe global de ações da Cantor Fitzgerald. "Mas isto não é indicação de qualquer pressa em elevar o juro nem pelo Banco Central Europeu, nem pelo Banco da Inglaterra. 2010 vai se mostrar mais um outro ano de (políticas) bastante acomodatícias", acrescentou.

Entre os destaques do dia, as ações da Novartis caíram 2,57% depois da companhia farmacêutica ter alcançado um acordo para comprar da Nestlé uma participação de 52% na firma de produtos oftalmológicos Alcon, por US$ 28,1 bilhões e uma oferta de US$ 153 por ação, ou quase US$ 11,2 bilhões, por mais 23% de ações na Alcon no mercado.

As ações da Nestlé subiram 1,49%, com a companhia dizendo que o total de recursos obtidos com a venda das ações da Alcon para a Novartis e para o mercado de ações em 2012 soma US$ 40 bilhões. A Nestlé mantém seu plano para lançar um novo plano de recompra de ações de 10 bilhões de francos suíços quando completar seu atual plano de 25 bilhões de francos suíços.

As ações da Cadbury subiram 0,94% depois que o Financial Times e o The Times informaram que a Kraft Foods provavelmente vai aumentar sua oferta hostil pela companhia britânica nas próximas duas semanas.

Em separado, um jornal italiano disse que a Ferrero se reuniu com grupos de private equity para discutir uma oferta pela Cadbury. A Nestlé não disse se estaria interessada ou não em fazer sua própria oferta pela Cadbury. A Hershey e a Ferrero divulgaram publicamente seu interesse pela firma britânica, mas sem lançar uma oferta.

No setor de petróleo, as ações da francesa Total subiram 1,76%, impulsionadas pela alta dos preços da commodity. A Total também alcançou um acordo para formar uma joint venture com a americana Chesapeake Energy, no qual vai adquirir 25% da carteira de gás da unidade Barnett Shale da Chesapeake por US$ 800 milhões em dinheiro. A Total também se comprometeu a pagar um adicional de US$ 1,45 bilhão ao longo de um período máximo de seis anos para financiar 60% dos gastos de capital futuro da Chesapeake em exploração e produção.

No setor bancário, as ações do Royal Bank of Scotland dispararam 9,93% e as do Lloyds Banking subiram 3,10%. O Sunday Times citou um executivo do Itaú Unibanco disse que o banco brasileiro pode fazer uma oferta pela participação do governo britânico nos dois bancos. Separadamente, o RBS disse que fechou um acordo para vender seu unidade no Paquistão.

Entre as montadoras, as ações da Renault subiram 5,52%, depois que a montadora disse que vendeu 94% mais carros no mercado doméstico (na França) durante o mês de dezembro, com os clientes antecipando as compras antes da redução de um bônus concedido pelo governo federal para a troca do carro velho por um novo mais eficiente. As ações da Peugeot - que registrou um aumento de 35% nas vendas em dezembro - fecharam em alta de 3,63%.

Em Milão, o índice FTSE/MIB subiu 296,63 pontos (1,28%) e fechou com 23.545,02 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 avançou 205,10 pontos (1,72%) e fechou com 12.145,10 pontos; em Lisboa, o índice PSI-20 subiu 138,59 pontos (1,64%) e fechou com 8.602,44 pontos. As informações são da Dow Jones.

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