Economia

Bolsa tem dia de cautela, mas conserva os 70 mil pontos

Depois de oito altas consecutivas, os investidores decidiram adotar uma certa cautela nesta quinta-feira, na expectativa dos números do mercado de trabalho norte-americano (payroll) que saem amanhã. Para os economistas, entretanto, esse não é um sinal de pessimismo ou de perda do apetite demonstrado com a Bolsa brasileira desde 22 de dezembro do ano passado. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Depois de oito altas consecutivas, os investidores decidiram adotar uma certa cautela nesta quinta-feira, na expectativa dos números do mercado de trabalho norte-americano (payroll) que saem amanhã. Para os economistas, entretanto, esse não é um sinal de pessimismo ou de perda do apetite demonstrado com a Bolsa brasileira desde 22 de dezembro do ano passado. Prova disso é que a marca dos 70 mil pontos, conquistada no primeiro pregão deste ano, não foi abandonada hoje, quando o Ibovespa perdeu 0,39%, aos 70.451,12 pontos, depois de oscilar entre a máxima de 70.722,91 pontos e a mínima de 70.045,06 pontos.

A decisão da China, de elevar os juros interbancários no leilão semanal de bônus pela primeira vez desde agosto, apesar de citada por boa parte dos analistas como razão da correção nos mercados hoje, não teve impacto forte na Bolsa brasileira, na avaliação de Fausto Gouveia, economista da Legan Asset Management. "O impacto da decisão da China seria maior na Vale, mas o papel continuou subindo", pondera. As ações ordinárias da Vale subiram 0,41%, para R$ 53,29, enquanto a PNA avançou 0,67%, a R$ 45,30.

O giro financeiro de hoje, ainda preliminar, de R$ 6,13 bilhões, também é citado por ele como mais um sinal de cautela para os dados de amanhã. Ontem, o giro foi de R$ 7,20 bilhões.

No caso da Petrobras, além de acompanhar a queda do preço do petróleo, a companhia enfrenta o medo do investidor enquanto não está claro para o mercado como será o processo de capitalização da companhia. Petrobras ON caiu 0,60%, a R$ 41,56, enquanto a ação preferencial teve retração de 0,93%, a R$ 37,15.

Nos mercados internacionais, predominou a estabilidade, com a mesma prudência vista por aqui. Nos Estados Unidos, o número de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego aumentou 1 mil, para 434 mil pedidos, após ajustes sazonais, na semana até 2 de janeiro, enquanto economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam aumento de 8 mil pedidos.

Já as vendas das varejistas dos EUA no conceito mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) cresceram 2,9% em dezembro, de acordo com a Thomson Reuters, acima da previsão de aumento de 2%. Com isso, as varejistas conseguiram deixar para trás o péssimo Natal de 2008 e puderam elevar as estimativas para ganhos no quarto trimestre de 2009. Perto das 18h20, o S&P 500 ganhava 0,27%, enquanto o índice Dow Jones subia 0,19% e a bolsa eletrônica Nasdaq perdia 0,23%.

As principais bolsas europeias registraram desempenhos desiguais depois de terem sido incapazes de manter os ganhos por causa do nervosismo relacionado ao relatório do mercado de mão de obra que será divulgado nesta sexta-feira. Entre as notícias do dia, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve sua taxa de juro de referencial em seu menor nível histórico, decisão que ficou em linha com as expectativas dos analistas. Em Londres, o índice FT-100 caiu 0,06% e fechou com 5.526,72 pontos; em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,18% e fechou com 4.024,80 pontos; em Frankfurt, o índice Dax-30 caiu 0,25% e fechou com 6.019,36 pontos.

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