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Bolsa sobe 0,61%, mas não recupera os 70 mil pontos

São Paulo - Em uma segunda-feira marcada pela agenda fraca, com o feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos e o clima ainda de férias no Brasil, a principal notícia do dia para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi o exercício de opções sobre ações, o primeiro do ano. O […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

São Paulo - Em uma segunda-feira marcada pela agenda fraca, com o feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos e o clima ainda de férias no Brasil, a principal notícia do dia para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi o exercício de opções sobre ações, o primeiro do ano. O exercício movimentou R$ 5,25 bilhões, um volume considerado vigoroso diante das expectativas do mercado e dos R$ 3,96 bilhões do exercício anterior, em 21 de dezembro.

Mesmo após o encerramento do exercício, o investidor mostrou apetite comprador, especialmente pelas blue chips. O índice Bovespa (Ibovespa) voltou ao positivo, depois de duas quedas, mas não recuperou o patamar dos 70 mil pontos que exibiu este ano até a quarta-feira da semana passada. Ao final do pregão, o Ibovespa fechou em alta de 0,61%, aos 69.400,93 pontos, depois de oscilar entre a máxima de 69.748,16 pontos e a mínima de 68.983,21 pontos. Inflado pelo exercício de opções sobre ações, o giro financeiro saltou para R$ 9,78 bilhões, ante os R$ 6,40 bilhões da sexta-feira.

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"Os mercados adotaram uma postura mais cautelosa ao longo da última semana, após o início amplamente positivo do ano. Como resultado, a Bovespa sofreu pequena correção das altas anteriores (-1,83% na semana) e a taxa de câmbio se depreciou (+2,66%), embora tais movimentos não possam ser caracterizados como uma tendência", avaliou Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin.

Ele salienta que, ao longo desta semana, em que uma série de balanços corporativos e de indicadores econômicos serão conhecidos, "não nos parece provável que se acentue o movimento negativo recente, dado que a perspectiva de bons números da China (na quinta-feira, o país asiático divulga a produção industrial e as vendas no varejo em dezembro, além do PIB do quarto trimestre de 2009) e o interesse ainda elevado nos ativos brasileiros são fatores capazes de sustentar os preços de tais ativos", completou Campos Neto.

Além de liderarem o volume financeiro do exercício de hoje, as ações da Vale também sofreram influência da alta das commodities e de um relatório do Barclays Capital que vê a mineradora brasileira com mais chance de conquistar participação de mercado que as concorrentes BHP Billiton e Rio Tinto Group este ano. "Ela é a única com capacidade ociosa ainda a ocupar", reiterou Max Bueno, analista da Spinelli Corretora. Nesta segunda-feira, a ação ordinária (ON) da Vale fechou em alta de 1,40%, a R$ 54,20, enquanto o papel PNA avançou 1,21%, para R$ 46,70.

Já as ações da Petrobras recuperaram parte das quedas que os papéis vêm sofrendo nos últimos dias pelas incertezas regulatórias e a indefinição sobre a capitalização da companhia. Hoje as ações com direito a voto subiram 2,28%, a R$ 40,90, enquanto as preferenciais fecharam a R$ 36,55, uma alta de 2,24%.

Sem os mercados norte-americanos, o investidor brasileiro também se pautou hoje pelo desempenho europeu, onde as principais bolsas fecharam em alta, apesar do fraco volume, impulsionadas pelas mineradoras. As ações de bancos gregos, no entanto, tiveram queda pelo temor que ainda persiste sobre a situação financeira do país.

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