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BNDES vê potencial de 130 mi l de etanol 2ª geração em 2015

País estaria então entre os poucos produtores deste biocombustível

Usina de etanol: volume previsto para 2015, no entanto, ainda é pequeno perto da produção total de etanol (de primeira geração) do Brasil, equivalendo a 0,5 por cento (Lia Lubambo/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 14h16.

São Paulo - A oferta de etanol de segunda geração do Brasil tem potencial para atingir 130 milhões de litros em 2015, colocando o país entre os poucos produtores deste biocombustível, disseram nesta segunda-feira representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ).

"As únicas plantas que existem hoje deste tipo de etanol estão na Itália e nos Estados Unidos, então o Brasil já pode comemorar um protagonismo em segunda geração similar ao que já tem em primeira geração", disse o gerente do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Artur Yabe, em entrevista a jornalistas após evento de lançamento do chamado PAISS Agrícola.

O volume previsto para 2015, no entanto, ainda é pequeno perto da produção total de etanol (de primeira geração) do Brasil, equivalendo a 0,5 por cento.

O etanol de segunda geração é produzido a partir do aproveitamento da biomassa da cana (bagaço e palha).

Segundo ele, a tecnologia de segunda geração é capaz de aumentar em cerca de 50 por cento a produtividade em relação à tecnologia de primeira geração, cuja matéria-prima é o caldo da cana.

"Se hoje o Brasil produz aproximadamente 27 bilhões de litros, se todas as nossas destilarias convertessem a sua tecnologia para incluir o etanol de segunda geração, seria possível adicionar metade desta produção, sem acrescentar um hectare de cana a mais, aproveitando apenas a biomassa já produzida pelo país", calculou Yabe.

A estimativa dos 130 milhões de litros inclui a entrada em operação de três projetos --o da GranBio e outro da Raízen, ambos de escala comercial, e uma planta de demonstração do Centro de Tecnologia da Cana (CTC) --que contam com recursos do programa de incentivo à inovação (PAISS).

A expectativa é ter escala comercial de produção do etanol de segunda geração já a partir do primeiro semestre de 2014, em meados de abril, com a entrada do projeto da GranBio, em Alagoas.


"É a primeira planta de etanol celulósico do hemisfério sul... só tem uma planta similar a esta no norte da Itália, em escala comercial também", disse.

A expectativa é que a oferta deste etanol de segunda geração da GranBio aumente gradativamente, como acontece com todo o projeto novo, até atingir a capacidade de cerca 90 milhões de litros.

A planta da Raízen prevista para entrar em operação a partir do primeiro semestre de 2015 tem capacidade total de cerca de 40 milhões de litros, construído em São Paulo.

O projeto da CTC, uma planta de testes, deverá produzir cerca de 3 milhões de litros.

"Iniciados estes três projetos, o setor terá todas as condições para superar os desafios tecnológicos, e começará agregar uma produção que é importante para o setor na medida em que restabelece os fundamentos econômicos, com esta produção adicional", disse Carlos Cavalcanti, diretor do Departamento de Biocombustíveis do BNDES.

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São Paulo - A oferta de etanol de segunda geração do Brasil tem potencial para atingir 130 milhões de litros em 2015, colocando o país entre os poucos produtores deste biocombustível, disseram nesta segunda-feira representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ).

"As únicas plantas que existem hoje deste tipo de etanol estão na Itália e nos Estados Unidos, então o Brasil já pode comemorar um protagonismo em segunda geração similar ao que já tem em primeira geração", disse o gerente do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Artur Yabe, em entrevista a jornalistas após evento de lançamento do chamado PAISS Agrícola.

O volume previsto para 2015, no entanto, ainda é pequeno perto da produção total de etanol (de primeira geração) do Brasil, equivalendo a 0,5 por cento.

O etanol de segunda geração é produzido a partir do aproveitamento da biomassa da cana (bagaço e palha).

Segundo ele, a tecnologia de segunda geração é capaz de aumentar em cerca de 50 por cento a produtividade em relação à tecnologia de primeira geração, cuja matéria-prima é o caldo da cana.

"Se hoje o Brasil produz aproximadamente 27 bilhões de litros, se todas as nossas destilarias convertessem a sua tecnologia para incluir o etanol de segunda geração, seria possível adicionar metade desta produção, sem acrescentar um hectare de cana a mais, aproveitando apenas a biomassa já produzida pelo país", calculou Yabe.

A estimativa dos 130 milhões de litros inclui a entrada em operação de três projetos --o da GranBio e outro da Raízen, ambos de escala comercial, e uma planta de demonstração do Centro de Tecnologia da Cana (CTC) --que contam com recursos do programa de incentivo à inovação (PAISS).

A expectativa é ter escala comercial de produção do etanol de segunda geração já a partir do primeiro semestre de 2014, em meados de abril, com a entrada do projeto da GranBio, em Alagoas.


"É a primeira planta de etanol celulósico do hemisfério sul... só tem uma planta similar a esta no norte da Itália, em escala comercial também", disse.

A expectativa é que a oferta deste etanol de segunda geração da GranBio aumente gradativamente, como acontece com todo o projeto novo, até atingir a capacidade de cerca 90 milhões de litros.

A planta da Raízen prevista para entrar em operação a partir do primeiro semestre de 2015 tem capacidade total de cerca de 40 milhões de litros, construído em São Paulo.

O projeto da CTC, uma planta de testes, deverá produzir cerca de 3 milhões de litros.

"Iniciados estes três projetos, o setor terá todas as condições para superar os desafios tecnológicos, e começará agregar uma produção que é importante para o setor na medida em que restabelece os fundamentos econômicos, com esta produção adicional", disse Carlos Cavalcanti, diretor do Departamento de Biocombustíveis do BNDES.

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