BNDES retomará operações de empréstimos com Cosan
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta segunda-feira que retomará suas operações de financiamentos com a Cosan, após a retirada do nome da empresa de uma lista de companhias relacionadas ao trabalho escravo. O grupo Cosan, o maior do setor sucroalcooleiro do Brasil, foi incluído em 31 de dezembro de 2009 […]
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2010 às 19h24.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta segunda-feira que retomará suas operações de financiamentos com a Cosan, após a retirada do nome da empresa de uma lista de companhias relacionadas ao trabalho escravo.
O grupo Cosan, o maior do setor sucroalcooleiro do Brasil, foi incluído em 31 de dezembro de 2009 pelo Ministério do Trabalho em cadastro de empresas que mantiveram "trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo".
Mas uma liminar obtida pela Cosan fez com que a companhia fosse retirada da lista.
"Em razão deste fato, fica revogada a suspensão das operações com a empresa, anunciada no dia 07/11. O BNDES, em linha com o compromisso com as melhores práticas socioambientais, expressas em seus normativos, continuará acompanhando a evolução do caso", afirmou o banco em nota.
A inclusão da empresa na lista do ministério ocorreu devido a um flagrante realizado em 2007 em uma fazenda no interior de São Paulo. Naquela ocasião, a fiscalização apontou irregularidades na contratação e na acomodação dos trabalhadores contratados por uma empresa que prestava serviços de corte de cana para a Cosan. .
Com a retirada da empresa da lista, o Walmart Brasil, que havia suspendido temporariamente o contrato de compra de açúcar com a Cosan, informou que normalizou todas as operações com a empresa.
"O Walmart reitera seu compromisso com o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, bem como reconhece a importância do restabelecimento das relações comerciais com a Cosan, tendo em vista sua relevância para o setor e para o consumidor brasileiro", afirmou em nota.
(Reportagem de Inaê Riveras e Guillermo Parra-Bernal)