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BNDES anuncia linha de R$4 bi para cadeia de petróleo e gás

Linha de financiamento do banco vai favorecer a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás natural até 2015

BNDES poderá financiar empresas de pequeno porte por meio de uma empresa-âncora com receita anual de mais de 90 milhões de reais (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 18h58.

Rio de Janeiro - Um dia após o anúncio de medidas de estímulo à indústria pelo governo, o BNDES informou que vai disponibilizar uma linha de 4 bilhões de reais para financiar a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás natural até 2015.

As taxas de juros vão variar de 4,5 por cento ao ano, para projetos de inovação, a 11,04 por cento, para capital de giro, passando por taxas de cerca de 9 por cento para implantação de novos projetos, fusões e aquisições.

De acordo com o chefe do departamento da cadeia produtiva de petróleo e gás natural do banco, Ricardo Cunha, o objetivo principal do programa é aumentar a capilaridade do BNDES para atender os fornecedores, na sua maioria de micro, pequeno e médio porte, e garantir o conteúdo nacional exigido pelo governo para a Petrobras e demais empresas que atuam no país.

"O potencial da cadeia de petróleo e gás natural é muito grande. Começamos com um orçamento pequeno para ver o comportamento do mercado, mas pode aumentar", disse Cunha à Reuters.

"Tudo vai depender muito da Petrobras, mas nos próximos quatro anos ela não precisa muito de conteúdo nacional", explicou.

"A partir da 7a rodada (de leilões da ANP) é que é mais exigente, poucos blocos vão entrar em operação antes de 2015", complementou, referindo-se ao leilão no qual a Petrobras adquiriu áreas no pré-sal da bacia de Santos, em 2005.

Segundo Cunha, a ideia do banco é estimular a indústria agora para que esteja pronta a atender a demanda quando for necessário.

Em um primeiro momento, Cunha prevê que o banco vá desembolsar 1 bilhão de reais por ano, excluindo 2011, quando o volume será menor.

O valor coincidentemente é o mesmo estimado pela Petrobras para os seus habituais financiamentos a fornecedores, prática que pretende deixar de fazer para liberar o seu fluxo de caixa para investimentos.

Acesso

Além de melhores condições financeiras, o acesso para as micro, pequenas e médias empresas, que representam 85 por cento dos fornecedores do setor, também será flexibilizado.


"Só financiamos a partir de 10 milhões de reais e muitas empresas da cadeia (de petróleo e gás) não teriam condições, por isso criamos condições de acesso de empresas menores", explicou o executivo.

O banco poderá financiar empresas de pequeno porte por meio de uma empresa-âncora com receita anual de mais de 90 milhões de reais. Essa empresa-âncora terá que fazer um plano de desenvolvimento para seus fornecedores, direcionando no mínimo 30 por cento do financiamento à cadeia de fornecedores e subfornecedores.

A medida vem ao encontro da nova estratégia da Petrobras de não utilizar mais o seu caixa para financiar seus fornecedores, um volume de recursos que atingia cerca de 1 bilhão de reais por ano.

Por outro lado, a empresa tem necessidade, assim como as outras que atuam no setor no país, de cumprir um índice de conteúdo nacional exigido pelo governo nos seus projetos.

O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ajuda a liberar o caixa da estatal para os vultosos investimentos programados até 2015, de 224,7 bilhões de dólares.

De acordo com o banco, o objetivo do programa é buscar soluções para alguns dos entraves à competitividade e ao desenvolvimento do setor, "tais como a dificuldade de acesso ao crédito, o elevado custo de capital e o acesso à tecnologia de ponta".

O banco vai estimular projetos de implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva; consolidação, fusão e aquisição e internacionalização da cadeia de fornecedores; financiamento do capital de giro necessário à produção de equipamentos e prestação de serviços; e suporte a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

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As taxas de juros vão variar de 4,5 por cento ao ano, para projetos de inovação, a 11,04 por cento, para capital de giro, passando por taxas de cerca de 9 por cento para implantação de novos projetos, fusões e aquisições.

De acordo com o chefe do departamento da cadeia produtiva de petróleo e gás natural do banco, Ricardo Cunha, o objetivo principal do programa é aumentar a capilaridade do BNDES para atender os fornecedores, na sua maioria de micro, pequeno e médio porte, e garantir o conteúdo nacional exigido pelo governo para a Petrobras e demais empresas que atuam no país.

"O potencial da cadeia de petróleo e gás natural é muito grande. Começamos com um orçamento pequeno para ver o comportamento do mercado, mas pode aumentar", disse Cunha à Reuters.

"Tudo vai depender muito da Petrobras, mas nos próximos quatro anos ela não precisa muito de conteúdo nacional", explicou.

"A partir da 7a rodada (de leilões da ANP) é que é mais exigente, poucos blocos vão entrar em operação antes de 2015", complementou, referindo-se ao leilão no qual a Petrobras adquiriu áreas no pré-sal da bacia de Santos, em 2005.

Segundo Cunha, a ideia do banco é estimular a indústria agora para que esteja pronta a atender a demanda quando for necessário.

Em um primeiro momento, Cunha prevê que o banco vá desembolsar 1 bilhão de reais por ano, excluindo 2011, quando o volume será menor.

O valor coincidentemente é o mesmo estimado pela Petrobras para os seus habituais financiamentos a fornecedores, prática que pretende deixar de fazer para liberar o seu fluxo de caixa para investimentos.

Acesso

Além de melhores condições financeiras, o acesso para as micro, pequenas e médias empresas, que representam 85 por cento dos fornecedores do setor, também será flexibilizado.


"Só financiamos a partir de 10 milhões de reais e muitas empresas da cadeia (de petróleo e gás) não teriam condições, por isso criamos condições de acesso de empresas menores", explicou o executivo.

O banco poderá financiar empresas de pequeno porte por meio de uma empresa-âncora com receita anual de mais de 90 milhões de reais. Essa empresa-âncora terá que fazer um plano de desenvolvimento para seus fornecedores, direcionando no mínimo 30 por cento do financiamento à cadeia de fornecedores e subfornecedores.

A medida vem ao encontro da nova estratégia da Petrobras de não utilizar mais o seu caixa para financiar seus fornecedores, um volume de recursos que atingia cerca de 1 bilhão de reais por ano.

Por outro lado, a empresa tem necessidade, assim como as outras que atuam no setor no país, de cumprir um índice de conteúdo nacional exigido pelo governo nos seus projetos.

O apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ajuda a liberar o caixa da estatal para os vultosos investimentos programados até 2015, de 224,7 bilhões de dólares.

De acordo com o banco, o objetivo do programa é buscar soluções para alguns dos entraves à competitividade e ao desenvolvimento do setor, "tais como a dificuldade de acesso ao crédito, o elevado custo de capital e o acesso à tecnologia de ponta".

O banco vai estimular projetos de implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva; consolidação, fusão e aquisição e internacionalização da cadeia de fornecedores; financiamento do capital de giro necessário à produção de equipamentos e prestação de serviços; e suporte a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

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