Economia

BC: solução na Europa ainda leva tempo

“A perspectiva de crescimento do mundo não é muito otimista, especialmente na Europa”, afirmou Ahmet Faruk Aysan, do Banco da Turquia

Escultura em homenagem ao Euro na frente do BCE, em Frankfurt (Alex Domanski/Reuters)

Escultura em homenagem ao Euro na frente do BCE, em Frankfurt (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 19h08.

São Paulo – Para Carlos Hamilton Araújo, diretor de Política Econômica do Banco Central, a situação na Europa ainda vai levar algum tempo para ser equacionada. “A vida está difícil nas economias desenvolvidas, mas isso não significa que esteja tão fácil para nós nas economias em desenvolvimento”, afirmou.

Jouko Vilmunen, do Banco da Finlândia, destacou que, na Europa, 50 decisões políticas foram feitas entre janeiro de 2007 e março de 2012, visando solucionar os problemas da crise. Vilmunen afirmou que a crise financeira não ficou apenas no setor financeiro, foi para todos os setores da economia. “Vimos uma deterioração das ideias macroeconômicas, um déficit persistente e um endividamento público”, afirmou.

Ahmet Faruk Aysan, do Banco da Turquia, defendeu que as coisas não estão melhorando, estão ficando pior. “A perspectiva de crescimento do mundo não é muito otimista, especialmente na Europa”, afirmou.

Aysan afirmou que tem vários especialistas que observam as decisões do Banco Central do Brasil e que esse é o tempo certo de aprender com as experiências. “Cada país tem suas características específicas, por isso cada um deve fazer suas políticas. As políticas devem ser diferentes para países diferentes”, afirmou.

Aysan falou sobre a experiência da Turquia e destacou que a crise que o país enfrentou em 2001 o ajudou a se preparar para a crise de 2008. Sobre a o cenário atual, Aysan afirmou que estamos em um período de incertezas em que os bancos centrais estão navegando em territórios que não eram conhecidos. “Por isso a prática é muito mais importante que a teoria hoje”, disse.

Carlos Hamilton Araújo, Jouko Vilmunen e Ahmet Faruk Aysan participaram hoje do VII Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária do Banco Central do Brasil. 

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