BC estende exigências de segurança cibernética a instituições de pagamento
Política também deverá conter iniciativas para compartilhamento, com outras instituições do sistema financeiro, de informações sobre incidentes relevantes
Reuters
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 19h20.
Brasília - O Banco Central estendeu às instituições de pagamento a obrigatoriedade de estabelecerem uma política de segurança cibernética, depois de impor medida igual para os bancos em abril.
Publicada nesta quinta-feira, a circular do BC tratando do tema entra em vigor em 1º de setembro de 2019.
"Os procedimentos e os controles ... devem abranger a autenticação, a criptografia, a prevenção e a detecção de intrusão, a prevenção de vazamento de informações, a realização periódica de testes e varreduras para detecção de vulnerabilidades, a proteção contra softwares maliciosos, o estabelecimento de mecanismos de rastreabilidade, os controles de acesso e de segmentação da rede de computadores e a manutenção de cópias de segurança dos dados e das informações", definiu o BC na circular.
A política de segurança também deverá conter iniciativas para compartilhamento, com outras instituições do sistema financeiro, de informações sobre os incidentes relevantes, destacou o BC em nota à imprensa.
A circular estabelece que a política deverá ser compatível com o porte, perfil de risco e o modelo de negócio da instituição de pagamento, obedecendo também à complexidade dos produtos oferecidos.
A regra visa a regular sobretudo empresas de meios de pagamentos independentes de grandes bancos. Envolve nomes como iZettle, First Data, Stone e mundipagg, entre outras.
O BC também especificou as regras que deverão ser cumpridas para contratação pelas empresas de serviços de processamento e de armazenamento de dados, incluindo a computação em nuvem .
As empresas terão até 1º de setembro de 2019 para se adequarem à exigência do BC.
(Reportagem adicional de Aluísio Alves)