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BC eleva previsão de inflação, mas diretor não vê motivo para alarde

A equipe do Banco Central está dissonante. Enquanto o Focus, equipe do Banco Central que relata projeções e ansiedades do mercado, elevava a previsão da mediana das projeções do IPCA para 2003 de 11,84% para 11,99% bem acima dos 8,5% da meta estabelecida com o Fundo Monetário Internacional, o diretor de Política Econômica do BC, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h24.

A equipe do Banco Central está dissonante. Enquanto o Focus, equipe do Banco Central que relata projeções e ansiedades do mercado, elevava a previsão da mediana das projeções do IPCA para 2003 de 11,84% para 11,99% bem acima dos 8,5% da meta estabelecida com o Fundo Monetário Internacional, o diretor de Política Econômica do BC, afirmou a empresários do Rio de Janeiro que a inflação neste ano não deve ser afetada pela "alta irracional" do câmbio como no ano passado.

Veja as demais previsões do Focus, do BC, sobre a inflação:

Veja também

  • IPC-Fipe: A mediana das expectativas para fevereiro subiu de 1,05% para 1,10% na semana. Para 2003, a mediana das expectativas caiu de 11,21% para 11,16%.
  • IGPs: A mediana das previsões para o IGP-DI de fevereiro subiu de 1,26% para 1,40% e para o IGP-M de 1,50% para 1,55%. Para março, o IGP-M permaneceu estável em 0,90% e o IGP-DI avançou de 0,80% para 0,84%. A mediana para o IGP-M no ano diminuiu de 15,23% para 15,15%, enquanto o IGP-DI caiu de 14,78% para 14,69%;
  • Taxa Selic: As expectativas para a taxa Selic em 2003 permaneceram em 21% (fim de período) e se elevaram de 23% ao ano para 23,2% ao ano (média anual).

    Em relação aos demais indicadores, Goldfajn afirmou que a relação dívida/PIB mantenha-se estável neste ano e comece a assumir tendência de queda a partir de 2004, podendo atingir 35,8% do Produto Interno Bruto até 2011. O diretor acredita que a expectativa de saldo da balança comercial feche 2003 em torno de US$ 16 bilhões. Segundo ele, o déficit em conta corrente deverá cair de US$ 7,8 bilhões registrados em 2002 para US$ 5,6 bilhões.

  • Para ele, mesmo diante da iminente guerra entre Estados Unidos e Iraque, os efeitos negativos para o Brasil não serão tão ruins como foi a crise de confiança de 2002. A expectativa do BC é de que o país conseguirá rolar 100% de sua dívida sem problemas, o que não foi possível no ano passado, por conta da turbulência interna. Acrescentou, inclusive, que talvez o governo não precise usar recursos do FMI.

    O diretor do BC disse, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas, que os investimentos estrangeiros diretos deverão alcançar, em 2003, cerca de U$15 bilhões, contra US$ 16,6 bilhões em 2002. Para o diretor do Centro de Economia Mundial da FGV, Carlos Langoni, que é ex-presidente do BC, o quadro do fluxo de investimentos, mesmo no cenário de guerra, não será tão negativo como em 2002.

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