BC do Japão busca reduzir especulação sobre rendimento de títulos
Membro do BC japonês, Yukitoshi Funo disse que é prematuro avaliar um aumento da meta de rendimento dos títulos
Reuters
Publicado em 22 de março de 2017 às 08h36.
Tóquio / Shizuoka - O membro do banco central do Japão Yukitoshi Funo juntou-se nesta quarta-feira a outras autoridades em uma tentativa de diminuir a especulação sobre uma retirada no curto prazo do forte estímulo monetário, dizendo que é prematuro avaliar um aumento da meta de rendimento dos títulos.
Embora ofereça uma visão otimista sobre as perspectivas econômicas do Japão, ele disse que não há certeza se as empresas vão elevar os salários para ajudar a acelerar a inflação para a meta de 2 por cento do banco central.
"A inflação ainda está baixa em comparação com nossa meta. Não estamos em condição de avaliar mudar a política monetária, como ajustar nossa meta de rendimento", disse Funo a repórteres após se reunir com líderes empresariais.
As declarações de Funo seguem-se à ata do banco central de sua reunião de janeiro, que mostrou que alguns dos nove membros rejeitaram sugestões de que o Banco do Japão deveria elevar sua meta de rendimento do título de 10 anos para corresponder aos ganhos esperados nos rendimentos dos Treasuries.
Esses membros disseram que o banco central deveria focar apenas em atingir a meta de inflação de 2 por cento, uma tarefa difícil devido às preocupações com as outras economias e as expectativas de inflação.
"Embora alguns participantes do mercado tenham especulado que o Banco do Japão possa avaliar elevar o nível da meta dos juros de longo prazo em resposta a fatores como uma alta nos juros de longo prazo dos Estados Unidos, suas decisões de política monetária deveriam ser tomadas apenas com base no ponto de vista de buscar alcançar a meta de estabilidade de preços de 2 por cento", disseram alguns membros.
Na reunião de 30 e 31 de janeiro, o Banco do Japão elevou suas projeções de crescimento mas alertou que as perspectivas para atingir a meta de inflação permanecem incertas.
O banco central também manteve sua promessa de guiar os juros de curto prazo em -0,1 por cento e o rendimento do título de 10 anos em torno de zero.