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BC decreta intervenção no Banco Cruzeiro do Sul

Controladores do banco serão afastados e a gestão será feita pelo Fundo Garantidor de Crédito, o FGC

Campanha do Cruzeiro do Sul: banco tem rombo de quase R$ 1,3 bi, segundo o BC (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h08.

São Paulo - O Banco Central decreta nesta segunda-feira intervenção no Banco Cruzeiro do Sul. A instituição carioca será colocada sob o Regime de Administração Especial Temporária (Raet), o que significa que os controladores - a família Índio da Costa - serão afastados e a gestão será feita pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instituição criada com objetivo de proteger os depósitos dos clientes do sistema financeiro no País.

Inspeções feitas no Banco Cruzeiro do Sul identificaram um rombo de cerca de R$ 1,3 bilhão. A princípio, foram detectadas fraudes parecidas com as do Banco Panamericano, instituição que pertencia ao Grupo Silvio Santos, com registro de créditos fictícios no balanço. O Cruzeiro do Sul registrava um patrimônio líquido negativo de cerca de R$ 150 milhões.

O Cruzeiro do Sul, que tem como um dos focos principais o crédito consignado e vinha sendo há tempos alvo de rumores sobre dificuldades financeiras, interessava ao Banco BTG Pactual - atualmente controlador do próprio Panamericano. O BTG chegou a fazer oferta de compra. No sábado, no entanto, essas negociações foram encerradas, já que os valores oferecidos foram considerados baixos.

Em março, a agência de classificação de risco Moody's chegou a rebaixar o rating do Cruzeiro do Sul, alegando que ele tinha uma dependência muito grande de "depósitos com garantia e de acordo de securitização de ativos com o Fundo Garantidor de Crédito, que ao final de 2011 representou mais de um terço da captação total". O FGC havia aberto uma espécie de linha de crédito de até R$ 3,8 bilhões para o Cruzeiro do Sul - que havia sacado R$ 625 milhões até o fim do ano passado.

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Inspeções feitas no Banco Cruzeiro do Sul identificaram um rombo de cerca de R$ 1,3 bilhão. A princípio, foram detectadas fraudes parecidas com as do Banco Panamericano, instituição que pertencia ao Grupo Silvio Santos, com registro de créditos fictícios no balanço. O Cruzeiro do Sul registrava um patrimônio líquido negativo de cerca de R$ 150 milhões.

O Cruzeiro do Sul, que tem como um dos focos principais o crédito consignado e vinha sendo há tempos alvo de rumores sobre dificuldades financeiras, interessava ao Banco BTG Pactual - atualmente controlador do próprio Panamericano. O BTG chegou a fazer oferta de compra. No sábado, no entanto, essas negociações foram encerradas, já que os valores oferecidos foram considerados baixos.

Em março, a agência de classificação de risco Moody's chegou a rebaixar o rating do Cruzeiro do Sul, alegando que ele tinha uma dependência muito grande de "depósitos com garantia e de acordo de securitização de ativos com o Fundo Garantidor de Crédito, que ao final de 2011 representou mais de um terço da captação total". O FGC havia aberto uma espécie de linha de crédito de até R$ 3,8 bilhões para o Cruzeiro do Sul - que havia sacado R$ 625 milhões até o fim do ano passado.

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