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BC começa a escutar opinião do mercado, diz Tendências

"O tom da ata é bem mais duro com relação à inflação”, disse Alessandra Ribeiro

Apesar de o tom da ata ser mais duro, o documento não fala em levar a inflação para a meta (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 11h11.

São Paulo – Na ata referente à última reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ) divulgada hoje, o Comitê voltou a dar atenção às expectativas de inflação , segundo Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. “Isso é bem relevante, porque o Copom não estava dando atenção para a perspectiva de inflação”, disse.

No documento, o Copom cita a “piora na percepção dos agentes econômicos sobre a própria dinâmica da inflação” ao falar sobre a decisão de intensificar o ritmo de ajuste dos juros . A piora da percepção e os mecanismos formais e informais de indexação somaram-se a um cenário de nível elevado de inflação e a dispersão de aumentos de preços, que contribui para que a inflação mostre resistência, segundo o Comitê.

“Em linhas gerais o tom da ata é bem mais duro com relação à inflação”, disse Alessandra. O documento fala que o balanço de riscos para a inflação é desfavorável e que, no curto prazo, a inflação em doze meses ainda pode subir. Alessandra projeta que, em junho, a inflação acumulada nos últimos doze meses vai voltar a ultrapassar o teto da meta (6,50%). Em março, a inflação em doze meses chegou a 6,59%.

A Tendências projeta uma nova alta da taxa básica de juros, de 0,50 ponto percentual, na próxima reunião do Comitê. “Mas acho pouco provável ver um ciclo muito agressivo, de 200 pontos, por exemplo”, disse Alessandra.

Apesar de o tom da ata ser mais duro, a ata não fala em levar a inflação para a meta. “A ata fala em minimizar o risco, fala da inflação alta do passado não persistir no futuro”, disse Alessandra que prevê um ciclo de, no máximo, 175 pontos. Por enquanto, a projeção da Tendências para o ciclo é de 125 pontos. “A ata impôs um viés de alta”, disse Alessandra.

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No documento, o Copom cita a “piora na percepção dos agentes econômicos sobre a própria dinâmica da inflação” ao falar sobre a decisão de intensificar o ritmo de ajuste dos juros . A piora da percepção e os mecanismos formais e informais de indexação somaram-se a um cenário de nível elevado de inflação e a dispersão de aumentos de preços, que contribui para que a inflação mostre resistência, segundo o Comitê.

“Em linhas gerais o tom da ata é bem mais duro com relação à inflação”, disse Alessandra. O documento fala que o balanço de riscos para a inflação é desfavorável e que, no curto prazo, a inflação em doze meses ainda pode subir. Alessandra projeta que, em junho, a inflação acumulada nos últimos doze meses vai voltar a ultrapassar o teto da meta (6,50%). Em março, a inflação em doze meses chegou a 6,59%.

A Tendências projeta uma nova alta da taxa básica de juros, de 0,50 ponto percentual, na próxima reunião do Comitê. “Mas acho pouco provável ver um ciclo muito agressivo, de 200 pontos, por exemplo”, disse Alessandra.

Apesar de o tom da ata ser mais duro, a ata não fala em levar a inflação para a meta. “A ata fala em minimizar o risco, fala da inflação alta do passado não persistir no futuro”, disse Alessandra que prevê um ciclo de, no máximo, 175 pontos. Por enquanto, a projeção da Tendências para o ciclo é de 125 pontos. “A ata impôs um viés de alta”, disse Alessandra.

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