BC aproveita impeachment para reduzir posição em swaps
O Banco Central atua intensamente no mercado de câmbio e, por enquanto, impede o dólar de cair abaixo de R$ 3,50
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2016 às 21h32.
O Banco Central atua intensamente no mercado de câmbio e, por enquanto, impede o dólar de cair abaixo de R$ 3,50 diante do otimismo do mercado com a perspectiva de impeachment da presidente Dilma.
O BC ofertou 80.000 contratos de swaps reverso, o equivalente a US$ 4 bilhões, no mercado hoje. Além de evitar que o dólar derreta, o BC aproveita para reduzir sua posição vendida em swaps cambiais, que chegou a ser criticada por parte do mercado.
O estoque de swaps, que era de US$ 100,8 bi até ontem e atingiu recorde de US$ 115 bi em março de 2015, deve cair a cerca de US$ 97 bi com os leilões de swaps reversos do BC desta terça-feira. Será a primeira vez que o estoque fica abaixo de US$ 100 bi desde outubro de 2015, quando o dólar acelerou a alta após a reeleição de Dilma.
“O BC pode estar vendo um fluxo positivo que o mercado não é capaz de ver. Diante da tendência que isso gera de apreciação do real, há espaço para que ele suavize o movimento do câmbio e reduza sua posição em swaps”, diz Roberto Padovani, economista do Banco Votorantim. Na expectativa de uma mudança política, “se todo mundo corre para o real, gera movimento excessivo da moeda”, diz o economista.
“O BC aproveita a chance dada pelo mercado para se desfazer de uma posição que todo mundo criticou por muito tempo”, diz Jankiel Santos, economista-chefe do banco Haitong, referindo-se à oferta de swaps cambiais reversos, mais agressiva, nesta terça-feira. A atuação do BC é “oportunista, positiva e bastante inteligente‘‘.
Para Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset Wealth Management, o objetivo dessa atuação forte do BC não é o de impedir a queda do dólar, embora de imediato esse seja o efeito do leilão de swaps reversos. A impressão, diz o diretor, é que o BC quer reduzir a volatilidade do real, que está muito alta.
Spyer, contudo, tem dúvidas sobre se os leilões vão reverter a tendência do câmbio, pois ainda existem muitos vendedores de dólar no mercado, afirma. Segundo ele, alguns clientes estão considerando que dólar pode cair para até R$ 3,00.
O Banco Central atua intensamente no mercado de câmbio e, por enquanto, impede o dólar de cair abaixo de R$ 3,50 diante do otimismo do mercado com a perspectiva de impeachment da presidente Dilma.
O BC ofertou 80.000 contratos de swaps reverso, o equivalente a US$ 4 bilhões, no mercado hoje. Além de evitar que o dólar derreta, o BC aproveita para reduzir sua posição vendida em swaps cambiais, que chegou a ser criticada por parte do mercado.
O estoque de swaps, que era de US$ 100,8 bi até ontem e atingiu recorde de US$ 115 bi em março de 2015, deve cair a cerca de US$ 97 bi com os leilões de swaps reversos do BC desta terça-feira. Será a primeira vez que o estoque fica abaixo de US$ 100 bi desde outubro de 2015, quando o dólar acelerou a alta após a reeleição de Dilma.
“O BC pode estar vendo um fluxo positivo que o mercado não é capaz de ver. Diante da tendência que isso gera de apreciação do real, há espaço para que ele suavize o movimento do câmbio e reduza sua posição em swaps”, diz Roberto Padovani, economista do Banco Votorantim. Na expectativa de uma mudança política, “se todo mundo corre para o real, gera movimento excessivo da moeda”, diz o economista.
“O BC aproveita a chance dada pelo mercado para se desfazer de uma posição que todo mundo criticou por muito tempo”, diz Jankiel Santos, economista-chefe do banco Haitong, referindo-se à oferta de swaps cambiais reversos, mais agressiva, nesta terça-feira. A atuação do BC é “oportunista, positiva e bastante inteligente‘‘.
Para Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset Wealth Management, o objetivo dessa atuação forte do BC não é o de impedir a queda do dólar, embora de imediato esse seja o efeito do leilão de swaps reversos. A impressão, diz o diretor, é que o BC quer reduzir a volatilidade do real, que está muito alta.
Spyer, contudo, tem dúvidas sobre se os leilões vão reverter a tendência do câmbio, pois ainda existem muitos vendedores de dólar no mercado, afirma. Segundo ele, alguns clientes estão considerando que dólar pode cair para até R$ 3,00.