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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.
Num ano em que o dólar esteve em queda livre no mercado internacional e foi a pior aplicação para o investidor brasileiro (com queda ao redor de 7%), o governo aproveitou a oportunidade para recompor as reservas cambiais do país. De acordo com uma análise divulgada pelo Bradesco, as reservas líquidas brasileiras, ajustadas de acordo com o critério do acordo com o FMI, começaram o ano de 2004 em 21,5 bilhões de dólares e devem encerrá-lo na casa dos 25,4 bilhões _ o que representa um aumento de 18%.
"As compras do Banco Central foram pautadas pela liquidez existente, não adicionam volatilidade ao mercado cambial e não tiveram como objetivo a fixação de um piso para a taxa de câmbio", afirma análise emitida pelo Bradesco. Só no mês de dezembro, o Banco Central comprou 2,4 bilhões de dólares para recompor reservas, mais da metade do crescimento de 2005.
Para o ano que vem, o banco prevê um câmbio médio de 2,80 reais por dólar. As necessidades de financiamento do governo para pagar juros e amortizações das dívidas serão de 2,6 bilhões de dólares em 2005. Esse cálculo levando em conta pagamentos de 12,8 bilhões, captações de 6,5 bilhões, uma remuneração de 1,2 bilhão para as reservas e que o governo já contratou novas dívidas de 2,4 bilhões.