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BC aposta em redução da inflação ainda em 2012

O chefe do Departamento Econômico do BC avaliou que o crédito no país evoluiu favoravelmente em outubro, após setembro ter apresentado dados abaixo das expectativas

Túlio Maciel:  "A expectativa é de que inadimplência menor ainda venha este ano", afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h38.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Tulio Maciel, salientou que o nível de inadimplência se manteve estável de setembro para outubro, apesar do crescimento da renda e do emprego. "A inadimplência cresceu ao longo de 2011, mas permanece estável desde o início do ano. A expectativa é de que a inadimplência mostre arrefecimento, redução. A expectativa é de que inadimplência menor ainda venha este ano", disse.

Maciel lembrou que o aumento do calote foi gerado por uma expansão do crédito em 2011, principalmente para veículos. "Mas o BC agiu tempestivamente. Os indicadores de veículos mostram-se já favoráveis", considerou.

Ele disse que, acompanhando novas safras de crédito, é possível perceber que as garantias dadas nesses ciclos mais recentes têm sido "expressivamente melhores" do que as dadas em 2010 e 2011. Um exemplo é que a parcela do bem financiado tem sido menor do que no período anterior e isso dá garantia maior para o negócio.

O chefe do Departamento avaliou que, de modo geral, o crédito no País evoluiu favoravelmente em outubro, após setembro ter apresentado dados abaixo das expectativas. "Tivemos aspectos pontuais naquele mês, como greve, menor quantidade de dias úteis. A expectativa era de que o crédito crescesse mais em outubro", disse.


Juros em queda

Maciel comentou também que a queda de juros dos bancos privados tem sido "significativa" ao longo do ano. "Os juros têm alcançado seu piso histórico mês após mês. Os dados parciais de outubro indicavam alta, mas isso não se confirmou e foi vista uma queda significativa das taxas de juros na margem", comparou.

Ele também destacou que é verificado um ganho decorrente da composição das modalidades de crédito acessadas pelos clientes de banco. "As modalidades com juros mais altos, como crédito rotativo e cheque especial, têm crescido menos do que as demais. Isso é uma contribuição importante e é um benefício relevante no comprometimento de renda com serviços bancários."

Para Maciel, houve um "longo debate na mídia" sobre o tema, o que gerou reflexão por parte da população. "Tivemos relatos de negociações e isso deve ter contribuído para que o consumidor buscasse opções mais favoráveis."

Crédito pessoal

Tulio Maciel disse que o aumento na inadimplência no crédito pessoal, que passou de 6,0% em setembro para 6,2% em outubro, foi um fator que restringiu a queda da inadimplência geral, pois essa linha tem grande peso no crédito livre. Ele falou ainda que, apesar da queda dos juros, os bancos têm sido seletivos na renegociação de dívidas em atraso, outro fator que explica a demora na queda dos atrasos.

A redução nas concessões de linhas mais caras, no entanto, deve contribuir para melhorar esses indicadores futuramente. Maciel disse ainda que a expansão mais intensa do crédito em outubro pode ser associada à recuperação da atividade a partir do terceiro trimestre.

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Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central , Tulio Maciel, salientou que o nível de inadimplência se manteve estável de setembro para outubro, apesar do crescimento da renda e do emprego. "A inadimplência cresceu ao longo de 2011, mas permanece estável desde o início do ano. A expectativa é de que a inadimplência mostre arrefecimento, redução. A expectativa é de que inadimplência menor ainda venha este ano", disse.

Maciel lembrou que o aumento do calote foi gerado por uma expansão do crédito em 2011, principalmente para veículos. "Mas o BC agiu tempestivamente. Os indicadores de veículos mostram-se já favoráveis", considerou.

Ele disse que, acompanhando novas safras de crédito, é possível perceber que as garantias dadas nesses ciclos mais recentes têm sido "expressivamente melhores" do que as dadas em 2010 e 2011. Um exemplo é que a parcela do bem financiado tem sido menor do que no período anterior e isso dá garantia maior para o negócio.

O chefe do Departamento avaliou que, de modo geral, o crédito no País evoluiu favoravelmente em outubro, após setembro ter apresentado dados abaixo das expectativas. "Tivemos aspectos pontuais naquele mês, como greve, menor quantidade de dias úteis. A expectativa era de que o crédito crescesse mais em outubro", disse.


Juros em queda

Maciel comentou também que a queda de juros dos bancos privados tem sido "significativa" ao longo do ano. "Os juros têm alcançado seu piso histórico mês após mês. Os dados parciais de outubro indicavam alta, mas isso não se confirmou e foi vista uma queda significativa das taxas de juros na margem", comparou.

Ele também destacou que é verificado um ganho decorrente da composição das modalidades de crédito acessadas pelos clientes de banco. "As modalidades com juros mais altos, como crédito rotativo e cheque especial, têm crescido menos do que as demais. Isso é uma contribuição importante e é um benefício relevante no comprometimento de renda com serviços bancários."

Para Maciel, houve um "longo debate na mídia" sobre o tema, o que gerou reflexão por parte da população. "Tivemos relatos de negociações e isso deve ter contribuído para que o consumidor buscasse opções mais favoráveis."

Crédito pessoal

Tulio Maciel disse que o aumento na inadimplência no crédito pessoal, que passou de 6,0% em setembro para 6,2% em outubro, foi um fator que restringiu a queda da inadimplência geral, pois essa linha tem grande peso no crédito livre. Ele falou ainda que, apesar da queda dos juros, os bancos têm sido seletivos na renegociação de dívidas em atraso, outro fator que explica a demora na queda dos atrasos.

A redução nas concessões de linhas mais caras, no entanto, deve contribuir para melhorar esses indicadores futuramente. Maciel disse ainda que a expansão mais intensa do crédito em outubro pode ser associada à recuperação da atividade a partir do terceiro trimestre.

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