Economia

Barreiras;reduzem desequilíbrio entre Brasil e Argentina, diz Kirchner

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, defendeu, nesta quarta-feira (7/7), as restrições às exportações brasileiras de eletrodomésticos de linha branca e a determinação de uma tarifa de 21% sobre as importações de televisores da Zona Franca de Manaus. Segundo Kirchner, as medidas visam corrigir desequilíbrios nas trocas comerciais entre os dois países. "Temos que evitar […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, defendeu, nesta quarta-feira (7/7), as restrições às exportações brasileiras de eletrodomésticos de linha branca e a determinação de uma tarifa de 21% sobre as importações de televisores da Zona Franca de Manaus. Segundo Kirchner, as medidas visam corrigir desequilíbrios nas trocas comerciais entre os dois países. "Temos que evitar as assimetrias, buscar os pontos de equilíbrio e permitir que as indústrias se desenvolvam de modo igual em todo o Mercosul", afirmou.

Na segunda-feira (5/7), o governo argentino impôs aos produtos brasileiros de linha branca um sistema de licenças para importação. Enquanto a medida vigorar, os fabricantes do Brasil terão que solicitar permissão à Secretaria de Indústria da Argentina para despachar suas mercadorias para o país. Segundo autoridades argentinas, a intenção é frear a entrada dos eletrodomésticos brasileiros que, em alguns setores, dominam o mercado local. O ministro da Indústria da Argentina, Alberto Dumont, citou, por exemplo, que 62% das geladeiras vendidas no país são de origem brasileira.

Desde que foi criado pelo Tratado de Assunção, em 1991, o Mercosul tem, entre seus objetivos, a consolidação de uma área de livre comércio entre os participantes. Para tanto, foram determinadas a redução ou eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias, e a criação de alíquotas comuns para importação de países externos ao Mercosul, entre outros.

Segundo o jornal argentino Clarín, para Kirchner, porém, a prioridade é fortalecer a indústria argentina. "Quando pensamos no Mercosul, nossa intenção era promover o desenvolvimento industrial em todos os países e não em apenas um deles", disse. As declarações foram dadas nesta tarde, em uma escala de Kirchner na cidade argentina de Paraná, onde anunciou parcerias para obras locais. De lá, seguiu para Puerto Iguazú, onde participará da cúpula de presidentes do Mercosul e países associados. Hoje à noite, Kirchner oferecerá um jantar em homenagem aos participantes

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