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Bancos resgatados da Espanha vão encolher e demitir

Medidas abrem o caminho para que quase € 40 bilhões em ajuda da zona do euro seja desembolsada, oferecendo esperança de um fim para a crise bancária espanhola

Bancos foram nacionalizados depois que um ciclo insustentável de empréstimos durante o boom do setor imobiliário da Espanha (Sergio Perez/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 10h53.

Bruxelas/Madri - Os quatro bancos nacionalizados da Espanha terão que reduzir seus balanços em mais que a metade em cinco anos, cortar empregos e impor pesadas perdas a detentores de bônus, sob os planos aprovados pela Comissão Europeia nesta quarta-feira.

As medidas abrem o caminho para que quase 40 bilhões de euros em ajuda da zona do euro seja desembolsada, oferecendo esperança de um fim para a crise bancária espanhola.

A aprovação dos planos definem as reformulações mais drásticas de qualquer sistema bancário europeu ordenadas pela Comissão desde o início da crise bancária em meados de 2007, com o colapso do banco alemão IKB.

"Nosso objetivo é restaurar a viabilidade dos bancos que estão recebendo ajuda para que sejam capazes de operar sem apoio público no futuro", disse o comissário europeu de concorrência, Joaquin Almunia.

Os bancos Bankia, NCG Banco, Catalunya Banc e Banco de Valencia foram nacionalizados depois que um ciclo insustentável de empréstimos durante o boom de uma década do setor imobiliário da Espanha que deixou as instituições financeiras com nível perigosamente baixo de capital.

O menor dos quatro bancos, Banco de Valencia, será vendido para uma das instituições mais saudáveis da Espanha, o Caixabank, enquanto os outros três terão de reduzir seus balanços em mais de 60 por cento nos próximos cinco anos.


Perdas de empregos

A solução de venda do Banco de Valencia foi mais barata sob um programa de proteção de perdas que reduzir o tamanho da instituição, disse a Comissão. A Espanha venderá o NCG Banco e o Catalunya Banc em cinco anos ou vai liquidá-los.

Almunia informou que os bancos nacionalizados terão que fechar metade de suas agências durante o processo de reformulação de cinco anos.

O maior dos bancos, o Bankia, terá que demitir um quarto de sua força de trabalho de mais de 6 mil funcionários, reduzir rede de agências em cerca de 39 por cento e terá objetivo de retornar ao lucro em 2013.

O Bankia, formado a partir da união de sete bancos de poupança em 2010, informou que os detentores de títulos de dívida híbrida terão que contribuir com até 4,8 bilhões de euros para sua recapitalização por meio de perdas que serão incorridas com a troca de suas posições por ações.

A Comissão Europeia informou que o custo dos detentores de bônus subordinados e híbridos na reestruturação dos bancos nacionalizados será de cerca de 10 bilhões de euros.

Muitos detentores de títulos híbridos de dívida dos bancos nacionalizados são clientes de varejo que afirmam que foram enganados na compra de instrumentos financeiros complexos que apoiaram os níveis de capital dos bancos.

A Comissão informou que vai decidir sobre planos para outros bancos da Espanha com escassez de recursos em 20 de dezembro.

A aprovação dos planos nesta quarta-feira permite que a zona do euro utilize recursos de seu fundo permanente de resgate (ESM). Em junho, a Espanha teve a aprovação para receber até 100 bilhões de euros do ESM.

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Bruxelas/Madri - Os quatro bancos nacionalizados da Espanha terão que reduzir seus balanços em mais que a metade em cinco anos, cortar empregos e impor pesadas perdas a detentores de bônus, sob os planos aprovados pela Comissão Europeia nesta quarta-feira.

As medidas abrem o caminho para que quase 40 bilhões de euros em ajuda da zona do euro seja desembolsada, oferecendo esperança de um fim para a crise bancária espanhola.

A aprovação dos planos definem as reformulações mais drásticas de qualquer sistema bancário europeu ordenadas pela Comissão desde o início da crise bancária em meados de 2007, com o colapso do banco alemão IKB.

"Nosso objetivo é restaurar a viabilidade dos bancos que estão recebendo ajuda para que sejam capazes de operar sem apoio público no futuro", disse o comissário europeu de concorrência, Joaquin Almunia.

Os bancos Bankia, NCG Banco, Catalunya Banc e Banco de Valencia foram nacionalizados depois que um ciclo insustentável de empréstimos durante o boom de uma década do setor imobiliário da Espanha que deixou as instituições financeiras com nível perigosamente baixo de capital.

O menor dos quatro bancos, Banco de Valencia, será vendido para uma das instituições mais saudáveis da Espanha, o Caixabank, enquanto os outros três terão de reduzir seus balanços em mais de 60 por cento nos próximos cinco anos.


Perdas de empregos

A solução de venda do Banco de Valencia foi mais barata sob um programa de proteção de perdas que reduzir o tamanho da instituição, disse a Comissão. A Espanha venderá o NCG Banco e o Catalunya Banc em cinco anos ou vai liquidá-los.

Almunia informou que os bancos nacionalizados terão que fechar metade de suas agências durante o processo de reformulação de cinco anos.

O maior dos bancos, o Bankia, terá que demitir um quarto de sua força de trabalho de mais de 6 mil funcionários, reduzir rede de agências em cerca de 39 por cento e terá objetivo de retornar ao lucro em 2013.

O Bankia, formado a partir da união de sete bancos de poupança em 2010, informou que os detentores de títulos de dívida híbrida terão que contribuir com até 4,8 bilhões de euros para sua recapitalização por meio de perdas que serão incorridas com a troca de suas posições por ações.

A Comissão Europeia informou que o custo dos detentores de bônus subordinados e híbridos na reestruturação dos bancos nacionalizados será de cerca de 10 bilhões de euros.

Muitos detentores de títulos híbridos de dívida dos bancos nacionalizados são clientes de varejo que afirmam que foram enganados na compra de instrumentos financeiros complexos que apoiaram os níveis de capital dos bancos.

A Comissão informou que vai decidir sobre planos para outros bancos da Espanha com escassez de recursos em 20 de dezembro.

A aprovação dos planos nesta quarta-feira permite que a zona do euro utilize recursos de seu fundo permanente de resgate (ESM). Em junho, a Espanha teve a aprovação para receber até 100 bilhões de euros do ESM.

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