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Bancos federalizados terão preço para leilão até final do ano

Brasília, 8 de setembro (Portal EXAME) Os quatro bancos estaduais que foram federalizados e que ainda não privatizados podem ganhar preço mínimo até dezembro. A afirmação está na carta de intenções que o governo brasileiro enviou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 20 de agosto, divulgada nesta segunda-feira (8/9) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Temos […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

Brasília, 8 de setembro (Portal EXAME) Os quatro bancos estaduais que foram federalizados e que ainda não privatizados podem ganhar preço mínimo até dezembro. A afirmação está na carta de intenções que o governo brasileiro enviou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em 20 de agosto, divulgada nesta segunda-feira (8/9) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Temos expectativa de um avançar significativamente neste tema até o final do ano, com a conclusão de nova rodada de avaliações para a determinação do preço mínimo de venda , informa o texto. Esse deverá ser um dos parâmetros modificados na revisão trimestral do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O acordo dura até dezembro e sua última revisão será feita até o final de setembro. Pelo acordo, o Brasil ainda poderá sacar, até o final do ano, cerca de 12 bilhões de dólares.

As instituições financeiras que fazem parte do programa de desestatização e permanecem em poder do governo são Banco do Estado do Maranhão (BEM), Banco do Estado do Piauí (BEP), Banco do Estado do Ceará (BEC) e Banco do Estado de Santa Catarina (Besc). Este último é o mais valioso e é aquele cuja privatização encontra maior resistência, principalmente por parte do governo estadual.

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A carta enviada ao FMI propõe também que a reforma da Previdência deixe de ser um parâmetro no acordo. Prevemos que a reforma estará concluída no final do ano, quando encaminharemos a legislação para criação dos referidos fundos dos servidores civis , afirma o texto.

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que a política econômica atual incorpora elementos que independem da celebração de novos acordos com o FMI. Um desses elementos, segundo Levy, é a austeridade fiscal. Não concordo com o raciocínio já que estamos bem, podemos dispensar a austeridade , disse ele. Nós estamos bem porque temos política fiscal austera . O secretário usou o crescimento do emprego formal para mostrar que a situação da economia está melhorando. Nos 12 meses terminados em julho de 2003, o emprego formal cresceu 3,27% no país. Somente este ano, o crescimento foi de 2,5%, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho).

Outros elementos incorporados à política econômica, segundo Levy, seriam o empenho em fortalecer o mercado de capitais, estratégia baseada no trabalho do economista americano James Tobin, e a criação de bases de informação mais consistentes para aumentar a oferta de crédito, esta baseada no trabalho de outro economista americano, Joseph Stiglitz. Um exemplo do esforço em reduzir no Brasil a assimetria de informações , como diz Stiglitz, é a criação do Cadastro Positivo, que informará aos bancos quais empresas são boas pagadoras.

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