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Bancos cortam taxas para empresa e aumentam para pessoa física

São Paulo, 29 de abril (Portal EXAME) Os bancos elevaram suas margens de retorno no mês de março, aumentando o spread (a diferença entre o custo da capitação e as taxas oferecidas aos clientes). Em relação a fevereiro, a alta foi de 1%, elevando o spread médio em março para 33 pontos percentuais. Mas o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

São Paulo, 29 de abril (Portal EXAME) Os bancos elevaram suas margens de retorno no mês de março, aumentando o spread (a diferença entre o custo da capitação e as taxas oferecidas aos clientes). Em relação a fevereiro, a alta foi de 1%, elevando o spread médio em março para 33 pontos percentuais.

Mas o aumento não foi aplicado de forma homogênea. Nas operações com as empresas, houve uma queda de 0,6 ponto percentual, ficando a diferença em 14,4 pontos. Os spreads nas operações com pessoas físicas puxaram a alta, com um avanço de 3,4 pontos, atingindo 59,9 pontos percentuais. Os dados constam de relatório divulgado pelo Banco Central.

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Também foi registrado em março aumento na taxa de juros cobrados nas operações de crédito. A alta foi de 1,3 ponto percentual, atingindo 57,8% ao ano. A taxa dos empréstimos para empresas, no entanto, teve um aumento menor, de 0,5 ponto percentual em março, fechando em 37,9% ao ano no período. Na avaliação do BC, o aumento no custo de crédito reflete os aumentos na taxa básica de juros (Selic), no compulsório e no encaixa sobre os depósitos à vista, ocorridos no final de fevereiro.

A inadimplência, um dos componentes que pesam na formação do spread bancário, também cresceu em março. A alta foi de 0,6 ponto percentual no período, atingindo 8,7% da carteira. O atraso superior a 15 dias no pagamento dos empréstimos e de suas parcelas aumentou 0,8 ponto percentual entre os clientes pessoa física o que equivale a 15,7% de inadimplência. Entre as empresas, a inadimplência subiu 0,3 ponto percentual atingindo um resultado bem menor: 4,5%.

A queda no poder aquisitivo da população também elevou a demanda por operações de curto prazo. Os bancos registraram aumento na concessão de cheque especial (5,8%) e de crédito pessoal (1,2%). Os financiamentos para aquisição de bens, porém, seguiram o sentido oposto: caíram 1,7%, refletindo a retração do consumo.

A pesquisa do BC apurou que houve em março uma pequena redução no volume de operações de crédito, da ordem de 0,2 pontos percentuais. A relação entre empréstimos e Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 23,9% em fevereiro para 23,7% em março. A queda foi puxada pelo sistema financeiro privado, responsável por 60,8% do crédito. Na avaliação do BC, o volume das operações reflete o aumento no custo dos empréstimos e o baixo nível de atividade econômica.

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