Economia

Banco Mundial investe para ensinar empresas a economizar energia

Não é só ampliando o parque gerador que o Brasil evitará uma nova crise no setor elétrico como o racionamento de 2001. Na avaliação do Banco Mundial, o país também precisa incentivar o uso mais eficiente da energia por clientes industriais e comerciais. Por essa razão, a instituição decidiu criar um programa para fomentar o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h45.

Não é só ampliando o parque gerador que o Brasil evitará uma nova crise no setor elétrico como o racionamento de 2001. Na avaliação do Banco Mundial, o país também precisa incentivar o uso mais eficiente da energia por clientes industriais e comerciais. Por essa razão, a instituição decidiu criar um programa para fomentar o desenvolvimento de projetos de eficiência energética no país. A ação foi anunciada nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, na sede do Ibmec Business School, que coordenará o programa. O Banco Mundial também financiará iniciativas semelhantes a essa na China e na Índia.

É necessário que países como o Brasil tirem mais proveito da energia que geram , diz Robert Taylor, diretor dos projetos de eficiência energética do Banco Mundial. Gastando menos com eletricidade, as empresas poderão se tornar mais produtivas. Na época do apagão, a procura por métodos para economizar energia cresceu muito. A idéia do Banco Mundial é fazer com que essa busca não fique só no passado. As empresas que oferecem soluções de eficiência energética são pequenas e não conseguem captar recursos para desenvolver seus projetos , diz Taylor.

Um dos objetivos do programa do Banco Mundial é criar um fundo de aval para capitalizar as empresas de serviços de conservação de energia, conhecidas pela sigla Escos. O coordenador de finanças do Ibmec, Antonio Duarte, estima que, a longo prazo, será possível captar 250 milhões de dólares para essas empresas.

Outra intenção é estudar mais alternativas para expandir o setor. O meio ambiente será outro beneficiário do programa, também dirigido ao melhor aproveitamento das fontes de energia não renováveis, como petróleo e gás natural. As idéias que surgirem serão apresentadas ao governo ao longo dos próximos três anos. Vamos criar um plano de negócios para todo um setor , afirma Nelson Pedrozo, diretor do Ibmec. As Escos são muito isoladas e precisam se integrar para contribuir mais para uma política nacional de energia.

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