Economia

Banco Monte Paschi tem maior déficit da zona do euro

O banco, o terceiro maior da Itália e o mais antigo do mundo, precisa levantar 2,1 bilhões de euros


	Dinheiro: Monte dei Paschi di Siena é o terceiro maior da Itália
 (Getty Images)

Dinheiro: Monte dei Paschi di Siena é o terceiro maior da Itália (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2014 às 10h38.

MILÃO - O italiano Monte dei Paschi di Siena foi apontado como o banco com o maior déficit de capital entre as instituições da zona do euro depois de uma checagem de estresse que buscou testar a resiliência do setor bancário do bloco.

O banco, o terceiro maior da Itália e o mais antigo do mundo, ainda precisa levantar 2,1 bilhões de euros, mesmo depois de realizar uma oferta de ações de 5 bilhões de euros em junho. Desse total, 750 milhões são referentes a empréstimos do Estado ainda não reembolsados​​.

O banco é um dos dois credores italianos que foram reprovados nos testes europeus e que não cobriram o déficit através de aumentos de capital e outras medidas este ano, disse o Banco da Itália. Ao todo, nove bancos não passaram nos testes, tendo como referência o final de 2013.

Os dois maiores bancos da Itália, Unicredit e Intesa San Paolo, passaram no teste confortavelmente e o Banco da Itália disse que foi tranquilizado sobre a solidez geral do sistema bancário. No entanto, os problemas do Monte dei Paschi refletem uma crise mais ampla na economia italiana, que vem lutando para sair de uma crise que cortou seu produto interno bruto em 9 por cento desde o início da crise financeira em 2007.

Com uma das maiores dívidas públicas do mundo, a Itália permanece exposta a um recrudescimento da turbulência do mercado, que atingiria duramente seus bancos.

O outro banco italiano que ainda tinha um déficit de capital após a realização de um aumento de capital em 2014 era o Carige, que ainda precisa levantar 814 milhões de euros. Dois outros bancos, o Banca Popolare di Milano e o Banca Popolare di Vicenza, preencheram os buracos com medidas adicionais para fortalecerem suas bases de capital. (Por Silvia Aloisi)

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