Banco da Suíça começa processo de escolha de novo presidente
A presidência deverá ficar entre o presidente interino, Thomas Jordan, o diretor Jean-Pierre Danthine e sucessor de Hildebrand na direção-geral
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 13h30.
Genebra - O Banco Nacional da Suíça (BNS) iniciou nesta terça-feira o procedimento para escolher seu novo presidente após a retirada de Philipp Hildebrand, quem ocupou o cargo por dois anos e renunciou na segunda-feira devido a uma polêmica operação com divisas ordenada por sua esposa no ano passado.
Para organizar sua sucessão, os membros do Conselho do organismo se reuniram nesta terça-feira e formaram uma comissão de três membros encarregada de buscar e propor candidatos para completar novamente a direção-geral da entidade.
A comissão será presidida pelo presidente do próprio Conselho, Hansueli Raggenbass, o professor de economia Cédric Tille e o membro do Executivo do cantão de Neuchâtel, Jean Studer.
A escolha do novo presidente caberá ao Executivo federal e a presidência deverá ficar entre o presidente interino do BNS, Thomas Jordan, o diretor Jean-Pierre Danthine e sucessor de Hildebrand na direção-geral.
Segundo a lei federal sobre o BNS, os membros da direção-geral 'devem ter reputação irrepreensível e experiência comprovada no âmbito monetário, bancário e financeiro'.
Devem ser de nacionalidade suíça ou ao menos estarem domiciliados na Confederação Helvética.
Hildebrand renunciou na segunda-feira à Presidência do BNS após explicar que havia chegado à conclusão de que nunca poderia demonstrar de maneira irrefutável que não sabia da compra de US$ 504 mil ordenada pela sua esposa em agosto.
A transação ocorreu poucas semanas antes de o banco presidido por seu marido fixar um teto mínimo do câmbio do franco-suíço com relação ao euro - em vista da continua valorização da moeda nacional -, o que provocou a apreciação tanto da moeda europeia quanto do dólar.
A consequência foi que a operação bancária gerou um ganho de milhares de dólares para Hildebrand.
O ex-presidente do organismo se defendeu dizendo que sua esposa não consultou antes de fazer a transação e que ao informar-se da mesma, no dia seguinte, deixou claro ao banqueiro que administra seus ativos e a sua esposa que não deviam repetir uma operação assim sem seu consentimento prévio.
Hildebrand, além disso, consultou imediatamente às instâncias de controle interno do banco, que indicaram a ele que tudo estava em ordem. Posteriormente, uma auditoria externa também não encontrou indícios de ilicitude.
O assunto foi de domínio público depois que um funcionário do banco onde a família Hildebrand tem suas contas roubasse a informação bancária e a entregasse ao partido opositor de extrema direita UDC (União Democrática de Centro), que denunciou o caso e reivindicou sua renúncia.
Os analistas financeiros foram unânimes em lamentar o andamento de Hildebrand, reconhecido por seu talento para as finanças, de brilhante trajetória e com importantes contatos na Europa e nos Estados Unidos.
Consideram que sua retirada debilita a praça financeira suíça e representa um risco para a estabilidade do franco-suíço.
Genebra - O Banco Nacional da Suíça (BNS) iniciou nesta terça-feira o procedimento para escolher seu novo presidente após a retirada de Philipp Hildebrand, quem ocupou o cargo por dois anos e renunciou na segunda-feira devido a uma polêmica operação com divisas ordenada por sua esposa no ano passado.
Para organizar sua sucessão, os membros do Conselho do organismo se reuniram nesta terça-feira e formaram uma comissão de três membros encarregada de buscar e propor candidatos para completar novamente a direção-geral da entidade.
A comissão será presidida pelo presidente do próprio Conselho, Hansueli Raggenbass, o professor de economia Cédric Tille e o membro do Executivo do cantão de Neuchâtel, Jean Studer.
A escolha do novo presidente caberá ao Executivo federal e a presidência deverá ficar entre o presidente interino do BNS, Thomas Jordan, o diretor Jean-Pierre Danthine e sucessor de Hildebrand na direção-geral.
Segundo a lei federal sobre o BNS, os membros da direção-geral 'devem ter reputação irrepreensível e experiência comprovada no âmbito monetário, bancário e financeiro'.
Devem ser de nacionalidade suíça ou ao menos estarem domiciliados na Confederação Helvética.
Hildebrand renunciou na segunda-feira à Presidência do BNS após explicar que havia chegado à conclusão de que nunca poderia demonstrar de maneira irrefutável que não sabia da compra de US$ 504 mil ordenada pela sua esposa em agosto.
A transação ocorreu poucas semanas antes de o banco presidido por seu marido fixar um teto mínimo do câmbio do franco-suíço com relação ao euro - em vista da continua valorização da moeda nacional -, o que provocou a apreciação tanto da moeda europeia quanto do dólar.
A consequência foi que a operação bancária gerou um ganho de milhares de dólares para Hildebrand.
O ex-presidente do organismo se defendeu dizendo que sua esposa não consultou antes de fazer a transação e que ao informar-se da mesma, no dia seguinte, deixou claro ao banqueiro que administra seus ativos e a sua esposa que não deviam repetir uma operação assim sem seu consentimento prévio.
Hildebrand, além disso, consultou imediatamente às instâncias de controle interno do banco, que indicaram a ele que tudo estava em ordem. Posteriormente, uma auditoria externa também não encontrou indícios de ilicitude.
O assunto foi de domínio público depois que um funcionário do banco onde a família Hildebrand tem suas contas roubasse a informação bancária e a entregasse ao partido opositor de extrema direita UDC (União Democrática de Centro), que denunciou o caso e reivindicou sua renúncia.
Os analistas financeiros foram unânimes em lamentar o andamento de Hildebrand, reconhecido por seu talento para as finanças, de brilhante trajetória e com importantes contatos na Europa e nos Estados Unidos.
Consideram que sua retirada debilita a praça financeira suíça e representa um risco para a estabilidade do franco-suíço.