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Banco Central dos EUA eleva taxa de juros para 1,5%

Decisão já era esperada pelo mercado. Para a Global Invest, somente uma alta brusca do petróleo fará o Fed abandonar seu gradualismo

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h10.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, confirmou as expectativas do mercado e elevou a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, para 1,5%, nesta terça-feira (10/8). Para os analistas, isto indica que o Fed acredita na consistência da recuperação da economia americana, apesar da desaceleração de alguns indicadores em julho.

O comunicado do Fed reconhece a queda no ritmo de expansão, mas atribui grande parcela do recuo ao aumento dos preços da energia, nos últimos meses. O reajuste da energia é um dos "fatores transitórios" aos quais a instituição relaciona o crescimento da inflação. Para o Fed, a taxa de inflação está "de algum modo elevada".

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Conforme The Wall Street Journal, alguns analistas têm criticado a posição do banco central americano com o argumento de que é excessivamente cautelosa. Há três semanas, o presidente do Fed, Alan Greenspan, afirmou que o período de desaquecimento econômico seria breve. Para os analistas, se a avaliação do Fed é de que a desaceleração está terminando, então o banco deve voltar a elevar a taxa de juros na próxima reunião, em 21 de setembro. Será o último encontro antes das eleições de 2 de novembro.

Petróleo

Para a corretora brasileira Global Invest, a decisão não causou surpresa. Isto porque, apesar da deterioração de alguns indicadores econômicos dos Estados Unidos no último trimestre, o Produto Interno Bruto do país cresceu a uma taxa anualizada de 3%, o melhor desempenho trimestral desde 2000.

A Global Invest assinala que o Fed pode optar por uma parada estratégica na reunião de setembro e deixar a taxa de juros inalterada. Os analistas assinalam que a única possibilidade de a instituição encerrar sua política de ajuste gradual dos juros é o petróleo romper a barreira dos 50 dólares por barril. Caso isto aconteça, a inflação crescerá, e o Fed poderá ser obrigado a altas bruscas dos juros. "Essa hipótese, no entanto, não está incorporada em nosso cenário básico", diz o relatório da corretora.

O Fed começou a elevar os juros em junho, quando a taxa estava em 1% ao ano o menor percentual dos últimos 46 anos. A instituição vem assinalando também que pode continuar a elevar os juros gradualmente até, pelo menos, o final do ano.

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