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Banco Central da Argentina projeta inflação de um dígito no país nos próximos meses

Declaração foi feita em uma apresentação do BC, conduzida pelo vice-presidente Vladimir Werning, em Washington, nos Estados Unidos

Argentina: país enfrenta graves problemas econômicos, como inflação e aumento da pobreza (LUIS ROBAYO/AFP)
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 24 de abril de 2024 às 17h13.

Nesta quarta-feira, 24, o Banco Central da Argentina expressou otimismo com a perspectiva de que a taxa de inflação mensal do país tenha uma redução mais rápida do que o esperado pelo mercado. No entanto, a instituição reconhece que ainda existem desafios para reestabelecer os níveis de moeda estrangeira.

A declaração foi feita em uma apresentação do Banco Central, conduzida pelo vice-presidente Vladimir Werning, em Washington, nos Estados Unidos.

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O país enfrenta problemas na busca pela restauração da estabilidade econômica sob a liderança do presidente, Javier Milei, em meio a uma das piores crises em décadas.

A inflação anual está próxima de 300%, as reservas de moeda estrangeira estão esgotadas e os níveis de pobreza não param de crescer, segundo informações da Reuters.

Diante da situação, Milei implementou um rigoroso programa de austeridade que ganhou apoio dos mercados e investidores. A medida inclui grande cortes de gastos e reversão do déficit fiscal, resultante de anos de gastos excessivos por parte dos últimos governos.

Inflação em 5,8%

Na apresentação do BC Argentino, Vladimir Werning destacou uma série de dados que indicam uma expectativa de queda na inflação mensal para 9% neste mês e 5,8% em maio, abaixo do pico de mais de 25% registrado em dezembro.

As previsões estão abaixo das últimas projeções dos analistas, que apontavam para 10,8% e 9% para abril e maio, respectivamente. Segundo a instituição, essas informações sugerem uma maior confiança nas perspectivas de preços, um dos principais desafios econômicos enfrentados por Milei. No momento, a Argentina tem a inflação anual mais alta do mundo.

O BC argentino também destacou o aumento das suas reservas neste ano, embora tenha alertado que estas ainda estão em território negativo de cerca de US$ 4,2 bilhões em termos líquidos, quando os títulos do Bopreal e os passivos de Depósito de Treasury são excluídos.

Em 19 de abril, as reservas tinham um saldo líquido positivo de US$ 552 milhões com esses títulos são considerados, conforme o cálculo do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), explicou a instituição.

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