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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h35.
A balança comercial encerrou março com superávit de 3,681 bilhões de dólares. A cifra ficou abaixo da expectativa da maioria dos analistas e pode indicar que o real valorizado está pressionando as transações internacionais mais que o esperado. A consultoria Tendências, por exemplo, projetava um saldo de 3,8 bilhões de dólares, próximo aos 3,750 bilhões da GRC Visão. Apesar disso, o resultado foi 10% superior aos 3,343 bilhões de março do ano passado.
O desempenho do último mês foi auxiliado, ainda, pela diferença no número de dias úteis - março de 2005 contou com 22 dias, um a menos que neste ano. A média diária de exportações, porém, foi de 494,2 milhões de dólares no último mês, 17,5% superior ao do período comparado. Já a média diária de importações foi de 334,2 milhões, 24,5% maior. No total, em março foram exportados 11,367 bilhões de dólares e importados 7,686 bilhões.
No acumulado do ano, o saldo comercial atingiu 9,346 bilhões de dólares, 12,5% maior que os 8,306 bilhões do mesmo período de 2005. O primeiro trimestre de 2006, porém, contou com 63 dias úteis, contra 61 no mesmo intervalo do ano passado.
No acumulado dos 12 meses encerrados em março, o superávit está em 45,799 bilhões de dólares, contra 35,821 bilhões acumulados nos 12 meses anteriores a março de 2005. Embora elevado, o mercado aposta em uma desaceleração do saldo comercial, devido à pressão da valorização do real. O último relatório de mercado do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (3/4), informa que as instituições financeiras projetam, em média, um saldo de 40 bilhões de dólares para este ano. Essa projeção é mantida há oito semanas.