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Aumento das exportações amplia mercado do mel brasileiro

São Paulo foi o estado com maior volume de vendas ao exterior e o Piauí a unidade da federação que vendeu pelo melhor preço

Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações de mel, com a geração de de US$ 42,8 milhões em receitas (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 16h11.

Brasília - De janeiro a novembro de 2011, o país enviou ao exterior 20,6 mil toneladas de mel, com receita de US$ 65,2 milhões. Os números demonstram aumento de 24,1% em valor e 17,8% em peso, em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento do Sebrae. O preço médio pago pelo produto exportado foi de US$ 3,16/kg, crescimento de 0,6% na comparação com o ano passado.

São Paulo lidera a lista dos estados brasileiros exportadores, com 5,3 toneladas, ao preço de US$ 3,19 o quilo e valor total de US$ 16,9 milhões. Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 3,9 toneladas, US$ 3,08 o quilo e US$ 12,1 milhões.

Em terceiro, o Ceará exportou 3,6 toneladas, a US$ 3,14 o quilo e US$ 11,5 milhões em vendas ao exterior. Em quarto lugar, está o Piauí, que conseguiu o melhor preço para o produto, US$ 3,23/quilo, e vendeu 3,3 toneladas e US$ 10,9 milhões.

O resultado reflete a realidade da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Coomapi), no Piauí. A produção de mel saltou de 176 toneladas, em 2010, para 400 toneladas, em 2011.

Para o gerente administrativo da Coomapi, Paulo José da Silva, o crescimento decorre de mudanças internas como aumento da florada, melhoria técnica por parte dos produtores brasileiros e crescimento do consumo.

Paulo também aponta aspectos externos. “Recentemente, a União Europeia proibiu a entrada de produtos geneticamente modificados, a exemplo do milho e da soja”. A medida, segundo ele, possibilitou maior abertura de mercado a produtos de regiões que não enfrentam esse tipo de problema, como o Nordeste brasileiro. “Nosso mel é de produção orgânica e silvestre”, destaca.


Na avaliação do gerente de Agronegócios do Sebrae, Enio Queijada, o mercado externo é importante para o apicultor brasileiro, e, em 2012, permanece o desafio de vender mel com valor agregado e diferenciado, mesmo com a existência de barreiras técnicas internacionais.

Sobre a questão de inovar o produto, ele destaca que a instituição conta hoje com um portfólio de serviços como o Sebraetec, programa de capacitação e consultoria tecnológica, e o Programa de Alimento Seguro (PAS) Mel.

Destino

Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações de mel, com a geração de de US$ 42,8 milhões em receitas, respondendo por mais da metade do total. A Alemanha ficou em segundo, com US$ 12,2 milhões. O Reino Unido absorveu US$ 4,8 milhões dessas vendas. Outros países importadores de mel do Brasil foram Canadá, Israel, França, Cabo Verde, Peru, China, Argentina, Japão e Emirados Árabes.

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Brasília - De janeiro a novembro de 2011, o país enviou ao exterior 20,6 mil toneladas de mel, com receita de US$ 65,2 milhões. Os números demonstram aumento de 24,1% em valor e 17,8% em peso, em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento do Sebrae. O preço médio pago pelo produto exportado foi de US$ 3,16/kg, crescimento de 0,6% na comparação com o ano passado.

São Paulo lidera a lista dos estados brasileiros exportadores, com 5,3 toneladas, ao preço de US$ 3,19 o quilo e valor total de US$ 16,9 milhões. Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 3,9 toneladas, US$ 3,08 o quilo e US$ 12,1 milhões.

Em terceiro, o Ceará exportou 3,6 toneladas, a US$ 3,14 o quilo e US$ 11,5 milhões em vendas ao exterior. Em quarto lugar, está o Piauí, que conseguiu o melhor preço para o produto, US$ 3,23/quilo, e vendeu 3,3 toneladas e US$ 10,9 milhões.

O resultado reflete a realidade da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Coomapi), no Piauí. A produção de mel saltou de 176 toneladas, em 2010, para 400 toneladas, em 2011.

Para o gerente administrativo da Coomapi, Paulo José da Silva, o crescimento decorre de mudanças internas como aumento da florada, melhoria técnica por parte dos produtores brasileiros e crescimento do consumo.

Paulo também aponta aspectos externos. “Recentemente, a União Europeia proibiu a entrada de produtos geneticamente modificados, a exemplo do milho e da soja”. A medida, segundo ele, possibilitou maior abertura de mercado a produtos de regiões que não enfrentam esse tipo de problema, como o Nordeste brasileiro. “Nosso mel é de produção orgânica e silvestre”, destaca.


Na avaliação do gerente de Agronegócios do Sebrae, Enio Queijada, o mercado externo é importante para o apicultor brasileiro, e, em 2012, permanece o desafio de vender mel com valor agregado e diferenciado, mesmo com a existência de barreiras técnicas internacionais.

Sobre a questão de inovar o produto, ele destaca que a instituição conta hoje com um portfólio de serviços como o Sebraetec, programa de capacitação e consultoria tecnológica, e o Programa de Alimento Seguro (PAS) Mel.

Destino

Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações de mel, com a geração de de US$ 42,8 milhões em receitas, respondendo por mais da metade do total. A Alemanha ficou em segundo, com US$ 12,2 milhões. O Reino Unido absorveu US$ 4,8 milhões dessas vendas. Outros países importadores de mel do Brasil foram Canadá, Israel, França, Cabo Verde, Peru, China, Argentina, Japão e Emirados Árabes.

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