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As previsões do crescimento global

Os rumos econômicos do mundo devem ficar um pouco mais claros hoje quando a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgar em Paris seu relatório semestral com as perspectivas para os próximos seis meses. A análise do começo do ano ajuda a entender em que pé estão os projetos e as estimativas feitas no […]

INDÚSTRIA: novas perspectivas para o crescimento do PIB mundial serão apresentadas hoje pela OCDE / Carl Court/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2017 às 06h37.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.

Os rumos econômicos do mundo devem ficar um pouco mais claros hoje quando a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgar em Paris seu relatório semestral com as perspectivas para os próximos seis meses. A análise do começo do ano ajuda a entender em que pé estão os projetos e as estimativas feitas no relatório do final do ano, apresentado em novembro.

À época, a OCDE previu um ano mais fraco para o PIB global em 2016, com alta de 2,9%, abaixo dos 3,1% de 2015. Mas, segundo o último relatório, o PIB deve voltar a crescer, 3,3% este ano e 3,6% no ano que vem. De acordo com a OCDE, a economia global está presa em uma armadilha de baixo crescimento, com pequenos índices de investimento e trocas, se valendo apenas de indicadores como consumo e produtividade. “O uso ativo de políticas fiscais irá aumentar o crescimento de forma moderada”, afirma a OCDE em documento.

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Embora as perspectivas da OCDE sejam otimistas no médio prazo, os analistas apontam para a dificuldade de fazer previsões em um mundo conturbado. Incertezas como o presidente Donald Trump, as consequências do Brexit e a desaceleração da economia chinesa são fatores ainda recentes e difíceis de mensurar. Em um relatório divulgado no mês passado, o Banco Mundial apontou que as incertezas políticas — como as empreitadas protecionistas de Trump — podem ameaçar o crescimento ao colocar em cheque o comércio internacional. No ano passado, as trocas entre nações cresceram apenas 1,9%, o menor percentual desde a crise de 2008.

Por aqui, as perspectivas de 2017 da OCDE previam uma estagnação da economia brasileira e um retorno do crescimento somente em 2018, na casa dos 1,2%. “A economia está emergindo de um severa recessão. A incerteza política diminuiu, a confiança dos consumidores e dos empresários está maior e os níveis de investimento se fortaleceram”, disse a OCDE sobre o Brasil. O Boletim Focus de ontem é um pouco mais otimista, com crescimento de cerca de 0,5% este ano e 2,4% no ano que vem. Até aqui, a Organização acertou as previsões. Hoje, poderemos ter uma nova perspectiva no horizonte.

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