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As notícias de economia mais importantes da semana – 28/06

Cinco pactos, projeção de crescimento menor e de inflação maior estiveram no foco essa semana

A presidente Dilma Rousseff durante reunião com governadores e prefeitos das capitais, na segunda-feira (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 17h06.

São Paulo – A semana começou com um anúncio da presidente Dilma Rousseff de “cinco pactos em favor do Brasil”. Entre eles, a reforma política e um pacto pela responsabilidade fiscal.

Já o Banco Central esteve menos otimista. O BC diminuiu sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2013 e aumentou expectativa de inflação.Leia um resumo das principais notícias de economia dessa semana:

Pactos

Na segunda-feira, a presidente, Dilma Rousseff, anunciou "cinco pactos em favor do Brasil". As propostas dependem da aprovação do Congresso.

Entre as medidas, há a proposta de criação de um plebiscito sobre a convocação de uma constituinte para fazer a reforma política, a transformação de corrupção em crime hediondo e um pacto de responsabilidade fiscal, que seria um acordo de garantia de estabilidade econômica e controle de inflação.

Para André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, com o anúncio do pacto da responsabilidade fiscal, a presidente poderia estar indicando que o Banco Central tem carta branca para fazer o que quiser para controlar a inflação.

Rating

O rating soberano brasileiro está em revisão pela agência de classificação de risco Fitch. A avaliação deve terminar no final de julho. Atualmente, a Fitch atribui a nota "BBB" para o Brasil, na categoria grau de investimento e com perspectiva "estável" (o que indica igual chance de o rating ser rebaixado ou elevado).

Há pouco tempo, uma outra agência de classificação de risco, a Standard and Poor's (S&P), rebaixou a perspectiva da nota brasileira para "negativa". A Moody's disse que também deve mudar o viés. A Fitch informou que irá reduzir a projeção de expansão econômica para outros países dos BRIC.

Gastos do governo

Até maio, as despesas do governo federal cresceram em ritmo muito mais forte do que o das receitas ao longo do ano. A despesa total do Governo Central aumentou 12,8% até maio, enquanto as receitas avançaram 6,5%.No período, as despesas somaram 354,284 bilhões de reais e as receitas foram de 470,387 bilhões de reais.


O Banco Central projeta que a dívida líquida do setor público pode chegar ao final de 2013 ano em 34,6% do PIB, caso o setor público apresente, este ano, a meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), com abatimentos de 45 bilhões de reais gastos com o PAC e de perda de receita com reduções de tributos. Se o setor público cumprisse a meta cheia do superávit primário (3,1% do PIB), este ano, a dívida líquida ficaria em patamar menor: 33,7% do PIB.

PIB e Inflação

O Banco Central diminuiu sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2013 e aumentou a da inflação. Foi isso que mostrou o Relatório de Inflação divulgado nessa semana pelo BC.

A projeção para a inflação passou de 5,7% para 6% nesse relatório. A expectativa para o crescimento do PIB caiu de 3,1% para 2,7%.

Para a Tendências Consultoria, o Relatório Trimestral de Inflação do BC mostra que as perspectivas de inflação pioraram, o que ratifica o discurso da autoridade monetária desde o início do ciclo de aperto.

Investimentos Estrangeiros

Em 2012, o fluxo global de Investimento Estrangeiro Direto (IED) caiu 18%, para 1,351 trilhão de dólares, segundo o World Investment Report 2013, publicação anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

O Brasil aumentou sua participação nos ingressos globais de IED – passando de 1,7% em 2007 para 4,8% em 2012. As economias em desenvolvimento superam as economias desenvolvidas como receptoras de IED.

IPI

As alíquotas de IPI para itens da linha branca e móveis foram parcialmente recompostas para o período entre julho e setembro. Com a medida, o governo espera gerar uma receita tributária de 118 milhões de reais.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, por questões fiscais, não há mais espaço para desonerações. Em setembro, Mantega irá avaliar se as alíquotas do IPI para esses setores voltarão ao patamar normal.

PIB Estados Unidos

A última revisão do crescimento do PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre mostra que a economia do país cresceu 1,8% no período – um ritmo mais fraco do que o esperado. A terceira leitura do PIB do primeiro trimestre foi menor do que as duas anteriores.

O crescimento reflete fortes revisões para baixo dos gastos dos consumidores e investimentos das empresas.

Bancos na China

Nessa semana, o Banco Central chinês tentou aliviar temores de aperto de crédito. O BC agiu para garantir aos mercados que vai fornecer dinheiro às instituições que precisam. Temores de uma crise bancária pressionaram as ações para o menor nível em mais de quatro anos.

O Banco Popular da China quer restringir os recursos que estão entrando no mercado informal de empréstimos, e ao invés disso, colocar dinheiro em áreas mais produtivas da economia. O BC afirmou que forneceu dinheiro a algumas instituições que enfrentam escassez temporária e que continuará a fazer isso se for necessário.

Endividamento

O endividamento das famílias em abril foi recorde, segundo o Banco Central. O indicador vem crescendo desde o início da série histórica do BC, em janeiro de 2005. Em abril, a dívida total das famílias equivalia a 44,46% da renda acumulada nos últimos 12 meses.

Fed

O presidente americano, Barack Obama, já havia indicado a possibilidade de Ben Bernanke deixar a presidência do Federal Reserve, o banco central dos EUA. Agora, fontes afirmaram ao Wall Street Journal que o secretário do Tesouro, Jacob Lew, está elaborando essa lista de possíveis substituto s, com a ajuda de autoridades do governo.

O mandato de Bernanke termina no dia 31 de janeiro do ano que vem e Obama poderia pedir que ele permanecesse no cargo por um terceiro mandato, mas especula-se que ele não queira continuar no posto.

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São Paulo – A semana começou com um anúncio da presidente Dilma Rousseff de “cinco pactos em favor do Brasil”. Entre eles, a reforma política e um pacto pela responsabilidade fiscal.

Já o Banco Central esteve menos otimista. O BC diminuiu sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2013 e aumentou expectativa de inflação.Leia um resumo das principais notícias de economia dessa semana:

Pactos

Na segunda-feira, a presidente, Dilma Rousseff, anunciou "cinco pactos em favor do Brasil". As propostas dependem da aprovação do Congresso.

Entre as medidas, há a proposta de criação de um plebiscito sobre a convocação de uma constituinte para fazer a reforma política, a transformação de corrupção em crime hediondo e um pacto de responsabilidade fiscal, que seria um acordo de garantia de estabilidade econômica e controle de inflação.

Para André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, com o anúncio do pacto da responsabilidade fiscal, a presidente poderia estar indicando que o Banco Central tem carta branca para fazer o que quiser para controlar a inflação.

Rating

O rating soberano brasileiro está em revisão pela agência de classificação de risco Fitch. A avaliação deve terminar no final de julho. Atualmente, a Fitch atribui a nota "BBB" para o Brasil, na categoria grau de investimento e com perspectiva "estável" (o que indica igual chance de o rating ser rebaixado ou elevado).

Há pouco tempo, uma outra agência de classificação de risco, a Standard and Poor's (S&P), rebaixou a perspectiva da nota brasileira para "negativa". A Moody's disse que também deve mudar o viés. A Fitch informou que irá reduzir a projeção de expansão econômica para outros países dos BRIC.

Gastos do governo

Até maio, as despesas do governo federal cresceram em ritmo muito mais forte do que o das receitas ao longo do ano. A despesa total do Governo Central aumentou 12,8% até maio, enquanto as receitas avançaram 6,5%.No período, as despesas somaram 354,284 bilhões de reais e as receitas foram de 470,387 bilhões de reais.


O Banco Central projeta que a dívida líquida do setor público pode chegar ao final de 2013 ano em 34,6% do PIB, caso o setor público apresente, este ano, a meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), com abatimentos de 45 bilhões de reais gastos com o PAC e de perda de receita com reduções de tributos. Se o setor público cumprisse a meta cheia do superávit primário (3,1% do PIB), este ano, a dívida líquida ficaria em patamar menor: 33,7% do PIB.

PIB e Inflação

O Banco Central diminuiu sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro em 2013 e aumentou a da inflação. Foi isso que mostrou o Relatório de Inflação divulgado nessa semana pelo BC.

A projeção para a inflação passou de 5,7% para 6% nesse relatório. A expectativa para o crescimento do PIB caiu de 3,1% para 2,7%.

Para a Tendências Consultoria, o Relatório Trimestral de Inflação do BC mostra que as perspectivas de inflação pioraram, o que ratifica o discurso da autoridade monetária desde o início do ciclo de aperto.

Investimentos Estrangeiros

Em 2012, o fluxo global de Investimento Estrangeiro Direto (IED) caiu 18%, para 1,351 trilhão de dólares, segundo o World Investment Report 2013, publicação anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

O Brasil aumentou sua participação nos ingressos globais de IED – passando de 1,7% em 2007 para 4,8% em 2012. As economias em desenvolvimento superam as economias desenvolvidas como receptoras de IED.

IPI

As alíquotas de IPI para itens da linha branca e móveis foram parcialmente recompostas para o período entre julho e setembro. Com a medida, o governo espera gerar uma receita tributária de 118 milhões de reais.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que, por questões fiscais, não há mais espaço para desonerações. Em setembro, Mantega irá avaliar se as alíquotas do IPI para esses setores voltarão ao patamar normal.

PIB Estados Unidos

A última revisão do crescimento do PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre mostra que a economia do país cresceu 1,8% no período – um ritmo mais fraco do que o esperado. A terceira leitura do PIB do primeiro trimestre foi menor do que as duas anteriores.

O crescimento reflete fortes revisões para baixo dos gastos dos consumidores e investimentos das empresas.

Bancos na China

Nessa semana, o Banco Central chinês tentou aliviar temores de aperto de crédito. O BC agiu para garantir aos mercados que vai fornecer dinheiro às instituições que precisam. Temores de uma crise bancária pressionaram as ações para o menor nível em mais de quatro anos.

O Banco Popular da China quer restringir os recursos que estão entrando no mercado informal de empréstimos, e ao invés disso, colocar dinheiro em áreas mais produtivas da economia. O BC afirmou que forneceu dinheiro a algumas instituições que enfrentam escassez temporária e que continuará a fazer isso se for necessário.

Endividamento

O endividamento das famílias em abril foi recorde, segundo o Banco Central. O indicador vem crescendo desde o início da série histórica do BC, em janeiro de 2005. Em abril, a dívida total das famílias equivalia a 44,46% da renda acumulada nos últimos 12 meses.

Fed

O presidente americano, Barack Obama, já havia indicado a possibilidade de Ben Bernanke deixar a presidência do Federal Reserve, o banco central dos EUA. Agora, fontes afirmaram ao Wall Street Journal que o secretário do Tesouro, Jacob Lew, está elaborando essa lista de possíveis substituto s, com a ajuda de autoridades do governo.

O mandato de Bernanke termina no dia 31 de janeiro do ano que vem e Obama poderia pedir que ele permanecesse no cargo por um terceiro mandato, mas especula-se que ele não queira continuar no posto.

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